Se perguntarmos a maioria das pessoas responderá que ajuda por que o outro precisa, pois acreditam verdadeiramente nisso....no entanto se elas próprias colocarem consciência no seu acto, perceberão que muitas vezes tendem a ajudar baseadas na reacção do outro, ou seja de quanto o outro irá agradecer, mas principalmente no sentimento que elas próprias experimentam quando a sua ajuda é reconhecida.
Então e o que acontece quando essa pessoa não é reconhecida? Experimenta a decepção, e muitas vezes nem percebe que a ajuda que deu não era o que a outra pessoa precisava, simplesmente porque a capacidade de resolver problemas não é exterior a nenhum individuo, só o próprio poderá superar os obstáculos que se colocam no seu caminho.
"Certo dia uma pequena abertura apareceu num casulo. Um homem sentou-se e observou a borboleta durante várias horas, vendo como ela se esforçava para fazer com que o seu pequeno corpo passasse através daquela fenda. Num determinado momento pareceu que ela tinha parado de fazer qualquer progresso. Parecia que tinha ido o mais longe que podia e não conseguia fazer mais nada para sair do casulo.
Então, o homem decidiu ajudar a borboleta; pegou numa tesoura e cortou o que restava do casulo. A borboleta saiu facilmente, mas o seu corpo estava murcho, era pequeno e tinha as asas amassadas. O homem continuou a observar a borboleta porque esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abririam e esticariam para serem capazes de voar, de suportar o corpo. Nada aconteceu! Na verdade, a borboleta passou o resto de sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar.
O que o homem, na sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia, era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura, era o modo com que Deus fazia que o fluído do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de modo que ela estivesse pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos na nossa vida. Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleijados. Nós não seríamos tão fortes como poderíamos ter sido e nunca poderíamos voar."
2 comentários:
O mal é que aqueles que nos tentam ajudar não o fazem de acordo com a nossa energia, mas com a deles, que simplesmente é diferente. Depois acontece como a borboleta, não conseguimos voar. Por isso tem que haver um tempo certo para crescer e desenvolver... Às vezes bater com a cabeça na parede, tantas vezes quantas as necessárias...
Abraço
Tendo em conta que não existem verdades absolutas, também não existem conselhos adequados. Apenas pontos de vista trocados e nada mais. Enquanto tentamos ajudar o outro, muitas vezes estamos a fugir aos nossos próprios problemas. E enquanto o outro se deixar ajudar, vai perdendo capacidade de ouvir a sua própria intuição. Acho que o máximo que podemos fazer para aliviar o outro dos seus problemas é dar-lhe amor, companhia e ajudá-lo a suportar o seu sentimento de impotência, sempre que surja essa oportunidade.
Muito boa parábola, amiga!Beijinhos**
Enviar um comentário