Pensamento do Dia...

"É legítimo querer que nos amem por quem somos … mas é nossa a responsabilidade de sermos quem somos…fielmente."

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2012 a chegar...tudo a ser mexido!

 Que sufoco este que sinto no peito. Há dias em que acordo e a sensação já lá está, como se fosse o mote do dia, a emoção que condiciona todo o dia, e incita o sentir, dar-lhe atenção e perceber o seu significado.
Esta época de final de ano, tem me deixado com uma instabilidade, desconfortável, uma tristeza profunda, e uns desafios aliados á consciência emocionalmente intensos.
O ano ainda não mudou, mas desde o natal que sinto uma revolução interior, as emoções estão um caos, uma fragilidade enorme, uns medos e sentimentos, que tinha conseguido ocultar de mim própria, e eles voltaram...é uma sensação de que afinal continuam aí, quando o que eu queria era corrigi-los, mudá-los e ainda não consegui...!
Este medo, que faz parte de mim, aumenta com a sensação das mudanças que se avizinham, aliás com as mudanças que já estão a acontecer, escolhidas por mim. 
O medo das consequências das minhas escolhas, mas que eu sei que são as melhores para mim, a afirmação do que se É, pelo fazer, pelo dizer, a afirmação de uma identidade dissociada do mundo que me rodeia, porque é a essência do que sou...e com isto a responsabilidade de ter a vida nas mãos, de já não ter nenhum meio de segurança, ninguém a proteger, a fazer esse papel.
Ainda são muitas as amarras que me travam, as do apego, as do medo da rejeição, as da culpa por aquilo que provoco nos outros...e quando sinto o risco a aumentar, quando permito mais, quando me abro mais ás consequências, e á vida, é uma dor difícil de encarar.... quando me abro mais ás pessoas, e me exponho mais nas circunstâncias, cresce uma vontade de fugir e não encarar nada disto!!
Fico triste por não ter, por ainda precisar, e por antecipar todo o percurso que me espera, dorido, mas que quero fazer, apesar de tudo...porque é impossível parar esta coisa que me leva para a frente, quando se sabe que esse é o único modo de ser feliz, e se não o for, dificilmente existe outro.

São muitas as dificuldades que ainda tenho, e noto cada vez mais não me são dadas facilidades, as coisas têm de ser conquistadas, não com esforço, mas com a exposição do EU, tarefa que quando penso que estou melhor, é ainda porque não cheguei ao patamar, em que sinto risco adequado a esse nível de consciência, porque quando acontece, os mecanismos de fuga tendem a ser os mesmos, o medo cresce de uma forma incontrolável, e só resta lidar com a dor de tudo isto, e de todas as mudanças que por ai vão surgir, sabendo que seja o que for, é o melhor para mim.



O medo não faz com que deixes de ser rosa,
O medo faz com que a rosa que há em ti, deixe de ter vida, deixe de ter todas as caracteristicas que a leva a ser apreciada...a cor, o cheiro, o brilho que irradia da sua vivacidade.
Mas tu não percebes, porque olhas e continuas a ser rosa...não percebes!
E o que levou a que o medo se espalhasse? o que levou a que essa rosa que és deixasse de ser cuidada?
A reposta é falta de amor... e este é o truque, põe amor, onde tens medo...
A cada momento em que sentes medo, olha para a situação e procura onde há amor, e vais ver como o medo foge...
E então vais perceber, como é uma rosa criada com amor, em como ela promove amor nos outros, em como ela irradia beleza, simplicidade, e um estar inteiro.
No final vais ver a diferença, entre duas coisas tão iguais, que se destingem apenas por aquilo que as alimenta, e isso faz absolutamente toda a diferença.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Sentir, e mais sentir...


As palavras têm andado aqui, dentro, para serem escritas...ditas...
Acho que o processo de as escrever não acontece logo que quero, porque preciso de as sentir, uma por uma, e todo o significado que o conjunto têm, mas parece que forma um novelo demasiado emaranhado, que tenho dificuldade em encontrar a ponta.
As primeiras palavras que surgiram  aquando destes momentos foram...

Quando não temos aquilo que queremos, o que nos resta fazer?!

Quando não temos os momentos que gostaríamos, e neles faltam as pessoas com os mesmos desejos, os mesmos modos de ver, e principalmente de sentir a vida, o que nos resta fazer?!

Quando as nossas escolhas nos levam a determinado ponto, em que não gostamos do que perdemos, mas também não conseguimos ser felizes com o que temos, principalmente com as escolhas que nos levaram até lá, o que resta?!

E quando no meio de tudo isto, temos duvidas se a dita sensibilidade que se tem, é tolerável face á intensidade do sentir, que ela acarreta, o que resta?!

São tantas dúvidas, inúteis, retóricas, pois sabemos perfeitamente as respostas, sabemos muito bem o que resta!
Resta aceitar, que o agora é aquele momento, e que isso nos quer fazer ver, sentir alguma coisa... aceitar sobretudo, que aquele é um momento de confronto com as consequências das escolhas anteriores, muitas vezes já frente a frente com as novas!
É tão estranho sentir na prática, o que aquela frase quer dizer...o, já não sou o que era, mas também ainda não sou outra coisa...
É estranho sobretudo, porque realmente já se É algo novo, mais perto da essência é o que se espera, mas parece que a mente não acompanhou a mudança, então parece que continuamos á espera dos padrões antigos, dos outros...e dos nossos...como se não soubéssemos SER esta nova pessoa, como se de repente entrássemos no filme errado.
Mas não, mudámos, fizemos novas escolhas e claro o mundo á nossa volta, mudou connosco...e quando percebemos isso lá vem uma sensação terrível de perda, difícil, mas necessária...é puro desapego!!

O que nos resta fazer?!
Deixar doer...ficar triste numa profundidade incalculável, pois a sensibilidade encoberta até aqui não fazia prever o tamanho!
E depois disto fazer as escolhas coerentes com a nossa verdade, a nossa essência, por mais que doa, porque a certeza de que esse é o caminho é gigante, e a felicidade só é possível com essa verdade, essa liberdade, esse amor por nós próprios!

E cada vez o peso fica maior, de que a vida é só e apenas nossa...sentir essa individualidade é simultaneamente uma liberdade soberba e uma solidão, uma dor grandiosa.

E o percorrer deste caminho torna-se uma coisa inevitável, pois na consciência estão presentes todas as memórias de não o fazer...e depois de conhecermos algo que nos leva mais próximos da felicidade, somos incapazes de ignorar e deixar essa sensação para trás, porque a partir daí mudámos, e tudo vale muito mais a pena.

E ontem de repente, no meio de todo este processo surgiu...

Se voar te faz feliz..VOA!
Se ficar te faz feliz...FICA!
Mas voa com a liberdade, de quem não tem nada a prender-lhe as asas...
Mas fica, inteiro, como se absorvesses cada momento...
E ai vais ver, como aquilo que fazes não importa, mas sim aquilo que sentes!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Vinha eu aqui ao blog escrever, porque tenho sentido palavras a sair, como se de uma conversa interna se tratasse, e vejo que há novo post num blog que adoro...e que todos os que lêem a Era devem passar a seguir também, o Olinda Cris - Quem sou eu!!

Ultimamente tenho andado com uma sensação estranha, uma sensação aérea, como se só metade de mim andasse cá e a outra andasse não sei onde. Mas nesta face tudo parece mais perceptível, como se a minha visão, e o meu sentir dos acontecimentos, dos momentos tivessem sido aumentados, e as coisas fizessem mais sentido. 
Este último post, do blog da Cris (vou tratar assim, que gosto mais), vem de encontro a isso mesmo, é como se um conjunto de coisas ás quais tenho chegado á conclusão tivessem sido transcritas.
O facto de partilharmos o signo com maior ego deve ajudar, mas o facto é que tudo o que eu sinto que os últimos acontecimentos têm feito, é um trabalho gigante com o ego, de o partir em mil e um pedacinhos, para que eu volte a sentir, mais, melhor... e tem resultado,  já se sente a diferença.
Mas é um trabalho doloroso, e a última martelada, fez, como já escrevi aqui, que duvidasse pela primeira vez, muito a sério, se queria seguir, se queria recuperar o sentir.
Mas felizmente o medo passou rápido...

Mas com este "novo" sentir, (mas conhecido, porque recuperei sentimentos que não tinha á muito tempo), esta nova consciência que se associa, vejo tantas coisas novas, que tenho de aprender, e que já consigo olhar de frente, graças a essa fenda que se abriu no meu ego.
Humildade é uma dessas coisas, tenho pensado e sentido muito sobre isso...e esta humildade não é aquela que as pessoas olham e dizem "tão boa pessoa, e tão prestável", porque essa até dizem que tenho...mas não, não tenho....esta humildade vem de enfrentar as pessoas, os medos, o orgulho, (e como leão que sou, como era possível face a este ego gigante ter tamanha humildade?!!?)... esta humildade, vem de aceitar os outros, quando menos gostamos do que estamos a sentir, de perceber o real sentir por detrás daquela máscara, advém de sentir aquele SER humano como igual a mim.
E eu á conta da consciência do tamanho do meu ego, do medo de não ser humilde o suficiente, do medo de ser arrogante, do medo de impor demais a minha opinião sobre as coisas, tenho fugido do que pensava ser o pólo oposto, a posição de "mestre"!!
Não percebendo, que o equilíbrio está em ser, em trabalhar os dois, e ao mesmo tempo.

Todos nós temos algo a ensinar, e algo a aprender, e essa é a verdade da vida!! 
Eu separava sempre muito, o aprendo com aqueles, e explico aos outros, coitadinhos que andam fora disto. Nada mais errado...
Eu aprendo contigo e ensino-te a ti... assim é que é certo, assim é que me faz ter a humildade de reconhecer o "coitadinho" como mestre...e assim também faz com que tenha a humildade perante mim, de ver como tenho coisas para ensinar a outros "mestres"! E assim deixa de haver hierarquia, nem possibilidade de o ego se emproar perante ninguém, nem se defender do outro meio mundo...igualdade...SER para SER, tão somente isto...tão simples assim!
E eu fui fugindo á minha função de ensinar, com medo da arrogância, com medo de achar que era mais que os outros, já o estava a ser...não assumindo o meu "poder" por uma falsa modestia, por um medo de não ter controle, pelo medo de errar.
E hoje quando sinto, que do nada o que eu digo, pode fazer sentido para alguém, é que dou conta da falsidade de tudo isto, do esquema que o meu ego mais uma vez criou, o de fugir, e de como eu não o assumir esse poder, pode ser não cumprir o papel que tenho na vida de determinada pessoa, e ela tem na minha.

E com tudo isto, uma frase que á bastante tempo, de repente me suou ao ouvido, faz cada vez mais sentido...

Humildade, não é ser superior, nem inferior a ninguém, é ser igual.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Você é uma Obra de Arte...

Tudo Pode Acontecer...

Andava eu a tentar por em dia algum trabalho, mas não consigo concentrar-me!!
Pensava em escrever no blog, mas tenho resistido tanto a essa ideia, e ainda não percebo bem porquê. Mas ao sentir tantas palavras, emoções aqui entaladas, escrever torna-se uma necessidade...a de talvez perceber no final, o que tudo isto significa...as palavras para mim, servem muito esse intuito!
Os últimos dias têm sido confusos, apenas para variar, não fosse esse o meu estado por natureza...
Todo o processo pelo qual tenho passado nos últimos meses tem sido intenso, tem feito mudanças internas bem grandes, têm-me mostrado uma outra perspectiva de vida, que me fez talvez chegar mais perto da minha.
Mas com a mudança, com a consciência, vem mais responsabilidade, a de por em prática o que se É, e não fingir que continua tudo na mesma, apenas por não se aguentar as consequências...
E no SER, vêm as consequências...as boas,  e as não tão boas...e estas últimas só não o são pela dor que causam, porque têm o papel de degrau neste caminho, em que é doloroso subir, mas extremamente necessário e fundamental, para subir nesta escalada de SER Feliz!!

As boas, essas contribuem para uma aprendizagem igualmente incrivel, porque á conta delas também olhamos para nós, e repensamos várias atitudes...várias perspectivas... mas acima de tudo, essas fazem que cresça no peito uma gratidão enorme, uma certeza de que o caminho é o certo, o de orgulho por ter "ontem" feito determinadas escolhas...

Mas neste misto, entre umas e outras, fica o sentimento estranho...de satisfação e insatisfação juntos...um amor, pelo que se tem e um medo, do desconhecido que virá, ao saber que é por ali, mas que nada depende da acção, apenas da escolha... E ser apenas espectador, ás vezes é difícil, outras vezes delicioso....
E é esta mistura de emoções enormes, que me enche o peito, e faz com que pareça que tenho um nó...que só se vai desfazer a seu tempo...

E vêm me á cabeça uma frase que me surgiu á uns tempos, bem de repente...
Tudo pode acontecer...
E cada vez acredito mais que isto é uma grande verdade, quando não controlamos, quando conseguimos diminuir a agitação mental e ficar no lugar certo...mais perto de apenas sentir!!

E aconteça o que acontecer, nunca mais nada será igual, e eu nunca mais serei a mesma!!



quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Fim - e novo Começo

Desde ontem só penso em como o universo não brinca em serviço.

Tantas são as vezes em que inconscientemente se quer fugir de determinadas emoções, evitar determinadas situações, determinadas conversas, apesar de um compromisso sério de viver o que vier, mas enquanto não vêm o ego evita ao máximo passar por isso...puro controle.

Mas como não há hipótese nenhuma de ter esse compromisso e não vivenciar as coisas, quando menos esperamos, de onde menos esperamos, lá vem a vivência, que ocorre apesar de todos os cuidados, irónico não?! Mais irónico ainda é essa experiência vir através de um pressuposto que não é real,  (porque realmente conseguimos evitar o real), apenas de uma interpretação diferente da intenção, mas isso não muda nada, a sensação de exposição é dura, e em segundos, no momento em que menos esperava lá sou eu confrontada com aquela dor enorme, que tenho tantas dúvidas de conseguir sentir, dado o tamanho.
É desta dor, que o ego foge a sete pés e eu também, porque quando sinto, quero apenas que pare, não fosse o compromisso, não aguentava...a sensação de estar a ser partida em duas, de estar a sentir uma dor impossível, mete medo... e ou não me sinto sozinha, ou não sei...

E com isto senti mais que nunca, a escolha que tenho de fazer, e o que ela implica... como diria Skakespeare, Ser ou não Ser, eis a questão...Essa é a escolha, e Ser implica permitir esta sensibilidade toda, que percebo cada vez mais o seu tamanho, mas implica sentir na mesma proporção esta dor toda. 
Acho que foi a primeira vez que questionei, ou pelo menos de forma tão consciente, se queria isso, e se realmente mais uma vez, afirmava o compromisso, de sentir...Questionei muito a sério, se não preferia manter-me assim, sem sentir isto tudo, tamanha a dor.
E isso é uma coisa que tenho percebido nos últimos tempos, que com todo o trabalho que tenho feito, a cada vez que vivencio algo, é um outro patamar de dor, mais forte...mas normalmente sentir isso dá-me uma sensação de libertação, desta vez não, foi sufoco puro!!

E depois disso, o meu ego teve várias ideias para fugir, apesar do restante de mim, não ter forças para nada...e foi assim que aconteceu, sem força, só fiquei....muitas horas, só fiquei...
E hoje apesar de sentir no peito, uma dor latente, a cicatriz doída da ferida aberta ontem, vejo que é verdade...mais uma vez é verdade...oiço na minha cabeça aquela frase... " Sente, fica, que é para passar depressa...", e passa mais depressa que alguma vez passaria ou mesmo passou, porque já senti isto outras vezes.

E quando fui dormir, pensei, o que quer isto dizer, o que é suposto perceber...fecho os olhos, penso nos livros, e vêm "muito mais luz", e penso que graça tens tu, esta dor imensa e só podia, quanto mais se sente dor, e se aceita sentir, mais perto se fica, mais alta é a energia...muito mais luz, fico eu a pensar...
Mas como sou terrível, resolvo tirar as peças para confirmar...e claro a mensagem que sai é mesmo do "muito mais luz"... E vai de encontro realmente ao que á já uns dias tenho vindo a sentir...


"Fim - e novo Começo"
É o fim.
O fim das grandes esperanças, das grandes ilusões.
Há que acabar. Deixar acabar o que não anda, o que não desenvolve.
Tudo o que não se desenvolve naturalmente é porque não é para ti. E se não é para ti, deixa ir. Larga. Solta.
Há coisas que são tuas e querem manifestar-se. Estão a aproximar-se a passo rápido e querem se expor. Querem mostrar-se, querem que as aceites na vida como tuas, sem equívocos, sem hesitações.
Mas de lá de cima encontram-te cheio de certezas, cheio de resistência, cheio de medo da mudança, do novo.
E tu não soltas o velho.
Vês a ironia?
Se continuares como estás, irás perpetuar a vida mesquinha e pequenina que tens vivido.
Se soltares as amarras do velho e conhecido irás soltar-te no ar e serás levado para direcções imprevistas.
Onde mora o que é para ti. Onde está o que é teu. E o que é teu é muito mais do que a tua pequena mente pode imaginar.
Isso, eu te garanto.

Jesus

Alexandra Solnado - Muito Mais Luz

Depois disto, só consegui sentir um conforto, que minimiza a dor, e me dá a certeza que sentir vale a pena, que o compromisso de fazer este caminho vale a pena, e que por mais que doa, por mais que ainda tenha de ir a sítios, dos quais vou querer fugir... Tudo isto vale mesmo a pena!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Momento

Realmente cada vez mais aceito que a vida é feita de momentos, pequenos, maiores, mas momentos...momentos que podem demorar, segundos, minutos, horas, um dia....mas apenas um momento!!
Momentos novos, momentos extraordinários, momentos apenas bons, ou apenas maus... e um único dia pode estar repleto deles, e da dualidade que encerra cada um.
É impressionante, como a vida nos mostra em poucas horas, como podemos vivenciar um extremo e o outro, e tudo acontece dentro de nós, e muitas vezes apenas dentro.
A resitência a viver os opostos ainda é alguma, e ontem comentava com uma amiga, em como é ás vezes mais díficil viver, sentir, apreciar, aceitar e permitir, o bom, a alegria, os momentos de descontração, e os momentos de pura felicidade.
Talvez venha da consciência e medo associados, ao eventualmente deixará de ser esse momento para passar a ser outro!

Depois de na minha cabeça terem sido lançadas sementes, acerca do confiar...do que isso significa, implica... indo de encontro a minha dificuldade em o fazer (ao que parece), não porque não confie nas pessoas, mas porque pareço ter em constante alarme um sensor de perigo.. Indo este conceito ao seu termo mais lato, de confiar no "Será o que tiver de ser", e até ai são muitas as vezes em que as dúvidas se instalam!

Depois disso, vem a resistência assolar a minha cabeça, incomodar o sentir, e alimentar este ego. E porquê? De onde raio veio ela, nesta situação tão simples, tão prática comum para mim?



Ainda vou conseguir perceber o porquê e como ela vem tão rapidamente em minha defesa...


"Assim, lembre-se disto. Se você tiver medo da dor, permanecerá hipnotizado; ficará velho e morrerá. Perdeu uma oportunidade. Se você quiser estar consciente, então terá de estar consciente da dor e do prazer; eles não são fenômenos separados. E um homem que se torna consciente se torna muito feliz, mas também capaz de profunda infelicidade, da qual a maioria não é capaz."

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Concha...

São muitos os momentos, em que procuro desesperadamente voltar para a minha concha...são momentos cada vez mais curtos, mas de intensidade cada vez maior, em que me quero esconder, em que não quero lidar com aquela emoção, em que acho que não vou aguentar sentir aquilo....
E agora, com a escolha cada vez mais consciente, com a escolha de ir lá exactamente onde a dor mais profunda está, é como se eu tivesse como missão levar uma bomba que vai detonar no momento em que essa missão for comprida, e no momento em que a acabo, querer desesperadamente fugir a tempo.
Conclusão, não posso ter ambas...ou cumpro e fico lá a sentir as consequência, sendo que esse é o objectivo máximo, ou simplesmente escolho não a fazer.
E como HOJE essa escolha já nem é considerada, fico ali...a sentir-me ridicula, por saber o que ia acontecer, e mesmo assim ir...ou ridicula por achar sequer, que ia conseguir fugir...
E é esta a palavra que mais vezes povoa a minha mente, "ridiculo"...
...eu não saber lidar com esta dor, com esta fragilidade!
...eu me sentir culpada, quando esse cumprir, deixa o meu redor, em tumulto, e por ter medo de perder quem habita nele!
...e pior que isso, ridiculo eu saber que do jeito que sempre fiz não deu certo, que só serviu para cada vez ir doendo mais, para se tornar cada vez mais insuportável, sufocante, ao ponto de tantas vezes sentir, que não conseguia tolerar mais isso!

Ao escrever isto sinto um medo terrível, que faz parte de quem não sabe, o que acontece agora, que se começa a mudar todas as regras do jogo, e em que o jogador principal se sente perdido, principalmente porque neste novo jogo, as regras são poucas ou quase nenhumas...
A regra é apenas a cada momento escolher, Amor ou Medo? é a pergunta...e com essa escolha perceber, o que tinha que ser vivenciado...

No final a questão que se coloca é, queres mesmo voltar para a concha?! A resposta é 100% conclusiva, NÃO... E quando é o contrário, é apenas um grande medo a falar!

Partilho, uma música que me disse muito, "Change", 
if everything you think you know, makes your life unbearable, Would You Change?



segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Sensível...

Acho que exactamente para esperar e sentir o que senti hoje, é que este post ainda não tinha sido publicado, tinha escrito a mensagem que me saiu á dias, mas alguma coisa me fazia não querer escrever, talvez para agora ainda tudo fazer mais sentido.
Quando li esta mensagem foi especial, mas mesmo assim não entendia, e talvez ainda não entenda, a abrangência de todas as palavras, mas pelo menos hoje tenho melhor ideia.
Hoje houve mais uma escolha, entre o que se é, e o que se quer continuar a ser...
Mas a ideia de se ter esta sensibilidade, é ao mesmo tempo aterradora e maravilhosa. Maravilhosa porque quando sentimos as coisas de maneira diferente somos incapazes de querer voltar a sentir como antes, não dá, já não faz sentido. Por outro lado aterradora, porque a ideia de que toda a coisa pequenina, perante esta sensibilidade afecta em grande escala, é uma ida á dor em grande e consecutivamente, traz consigo muito medo, medo de não tolerar essa dor, medo do ridículo que isso pode ser, da exposição que isso pode ser, da fragilidade que isso promove!
Mas a verdade é que não há outro jeito, ou se calhar há, mas eu já não quero...
E esta mensagem saiu em resposta, por causa de uma escolha que fiz, e tocou muito, porque o que senti é que só a fiz, porque ao permitir essa sensibilidade, permiti que me fosse mostrado por onde tinha de ir, e assim confiar, que por ali é o caminho, por mais despropositado que pareça, por mais medo que cause, e perante isto, com o compromisso que reafirmo todos os dias, o caminho é mesmo esse!

Hoje o significado da mensagem ficou ainda mais claro, ficou claro o que não a permite, os mecanismos de fuga a ela, o medo de a sentir...TUDO, como se de repente a consciência mudasse totalmente, e percebesse a falta que ela faz, e quanto a vida pode ser tão mais bonita, se eu a permitir SER.
E havia mais coisas que podia dizer, mas não faz falta, porque a mensagem diz tudo o que realmente eu hoje queria dizer!

Namasté!!!



Sensível

Eu sei que és sensível. Tu podes não saber, mas eu sei que és sensível.
A tua sensibilidade vive nos teus poros, nas tuas células, na tua vibração.
A cada vez que te magoam, desaba o céu em cima da tua cabeça. E tu só precisas de te entristecer, de te fragilizar.
Como eu digo sempre, «Deixa doer para passar depressa».
A tua sensibilidade é um trevo de quatro folhas, é talvez o teu maior dom, o maior dos maiores.
Mais forte do que seres inteligente, é seres sensível.
Mais forte do que seres arguto, é seres sensível.
Mais forte do que seres rico, bonito, capaz, simpático, é seres sensível.
Mais forte do que seres forte, é seres sensível.
As pessoas sensíveis sentem as dores do mundo.
Dói? Dói.
Mas é infinitamente mais verdadeiro, mais harmonioso, do que bloquear a sensibilidade e andar por aí, feito palhaço, na ilusão de que tudo vai melhorar...porque sabemos que dessa maneira não melhora nunca.
Ser sensível é ter conexão total, directa, ininterrupta e irreversível.
É mais difícil? É.
Mas, por outro lado, quando se está bem, quando se está feliz - e começam a ser muitas as vezes em que isso acontece-, a alegria é incomensurável.
O que seria alegria é agora êxtase.
O que seria felicidade é agora estado de graça.
E os realmente sensíveis, aquele que já aceitaram a sua sensibilidade plena e absoluta, os que já não bloqueiam, os que aceitam sentir tudo, tudo, tudo, já sabem o que é estar em estado de graça.
E já não querem prescindir dele.
E já não querem outra vida.

Jesus

Livro da Luz - Alexandra Solnado

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Rainbow...


Escolhi como representante deste post o arco-iris, porque acho que é exactamente isso que ando a sentir.
Não existe emoção que defina isto, mas existe o arco-iris, que para além de ser colorido, surge na presença de dois polos, o sol e a chuva.


E esta coisa colorida que eu sinto, principalmente pela novidade, por me fazer sentir uma vida emocional, que nasce e renasce. E ela é envolvida exactamente pela boa sensação que o sol nos faz sentir, que aquece, que conforta, que parece ser o melhor que podíamos ter, que traz um brilho aos dias, e nos faz querer brilhar com ele, que nos dá vida, movimento.
Por outro lado a chuva, que nos deixa melancólicos, que nos faz parar e querer apenas ficar, que nos faz sentir desconfortáveis, que nos faz rejeitá-la como se não fosse algo que nos fizesse tanta falta quanto o sol.
E é exactamente isso que sinto, que as descobertas, deste caminho, a mudança de perspectiva, a mudança do meu olhar para mim, do meu olhar para um leque maior de possibilidades, e de situações que me são, ou me podem ser propostas, me causam essa sensação arco-iris, de sentir a cor da vida, e quem sabe, como o livro, a cor dos sonhos.
Mas essa mesma sensação implica sentimentos tão opostos, de querer muito vivê-la, senti-la...mas ao mesmo tempo não a perceber bem, de não a aceitar muito bem, um não saber se se está preparado para todas as consequências de vivê-la, a ela e a todas as novas emoções que a acompanham!
Só que... parece não haver outro caminho, senão abrir, à vida, ao mundo, e secretamente hà uma vontade enorme de deixar de pensar e apenas sentir...
Portanto, vou apenas sentindo as cores do arco-iris, e percorrê-lo de uma ponta á outra, para um dia destes descobrir, o que me espera na ponta oposta!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Essência ou Ego? Amor ou Medo? Tu ou Eles? Escolhas ou Designios Superiores?

É mesmo assim, não é? já me tinha esquecido....
Quanto maior a dor que se acede, maior a libertação, o amor, o extase que se sente... E quanto maior o extase, a felicidade, a energia em cada poro, mais preparado se fica para se aceder a uma dor ainda maior...
E este é um ciclo, incrivelmente dificil, mas ao mesmo tempo viciante...porque vale tudo, para nos sentirmos mais a nós, por sentirmos mais vida, por sentirmos o motivo pelo qual decidimos vir para esta missão, que muitas vezes parece suicida...e quando pensamos, fui eu que escolhi isto, há um respeito, uma sensação de que se escolhi há um motivo, que agora desta posição não consigo perceber!

Há uma pessoa que eu amo, que respeito, admiro, e que me tem ajudado muito, muito...nem tenho palavras para o quanto... a Lúcia, que tantas vezes me diz para eu me lembrar dos patamares de evolução, que nós não conseguimos (des)evoluir, tudo o que evoluimos, só descemos no patamar que estamos...
E tenho que lhe dar tanta razão, tantas são as vezes em que acho que desaprendi, tudo o que me tem demorado tanto a aprender, mas realmente é impossivel, porque isso me tem mudado tanto...me muda cada vez mais, e depois dessa aparente derrota, quando volto, sinto que a minha energia está num patamar ainda mais alto, numa felicidade, liberdade, amor, que ainda não tinha conseguido experienciar antes...e é aí que vejo realmente, não posso ter descido assim tanto, porque quando volta, é uma sensação de estar mais acima de tudo o que também era novo, mas do que eu alguma vez senti!
E atrás de uma grande conquista, está um grande obstáculo...tudo isto na nossa percepção claro, quanto mais dificil for o processo, mais prazeroso será apreciar o resultado.

E quanto mais cavamos fundo, mais descobrimos, mais dificil é, mas mais felicidade encontramos...
E eu escolhi, escolhi este amor, a liberdade, a cimplicidade, a intensida, o ir fundo, e com isso está dor, esta tristeza, e ás vezes até esta raiva...
E este WILL que sinto, faz-me sentir que a partir de agora, vale tudo...vale escolher sentir TUDO, ir ao mais escuro que há dentro de mim, para conhecer o máximo potencial da luz que tenho..e com isto não á limites, é preciso arriscar, vamos... mas continuar tal qual está, não dá...

I'm READY, para todos os desafios, para tudo o que me disseres que preciso fazer para seguir este caminho, a intuição, fluir com esta força que nasce no peito, e  que parece ter sentido, e direcção própria...e que eu só tenho de me predispor a seguir... E deve ser a isto que chamam, seguir o coração...

Esta múscia diz tudo...


terça-feira, 4 de outubro de 2011

Light and Darkness...


Que medo é este que se alojou aqui dentro para ficar...Que não me deixa sentir o que de bom acontece com a mesma intensidade, amor, gratidão que já conheço...
Há um sentimento qualquer intenso, que não sei descrever, que me leva mais para um sentir frágil... parece uma mistura de amargo e doce, amor e medo...
A verdade é que acho que estou apavorada, mais que pelo caminho que a minha vida leva, ou pela indefinição do medo...mais do que por se calhar começar a ver um novo pedaço deste meu caminho... mas principalmente por esta montanha de emoções, que eu não conheço, que me fazem questionar, que eu não percebo, e que me deixam confusa pelo facto de eu gostar tanto delas, quanto as rejeito...
Primeiro estou a tentar aprender a senti-las, para depois talvez perceber o que é suposto fazer com elas!!

E este é exactamente o mesmo sentimento, que me lembro de sentir no post Heart, pelo vistos começa a ser recorrente!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Compromisso...


O facto de voltar aqui ao blog, e ter assumido este compromisso comigo, o de escrever mais, e tentar ser fiel ás emoções, faz com que comece a pensar no que vou escrever e que se calhar não me apetecia lá muito, primeiro "falar" e depois expor. Mas também se não o fizer, onde está o desafio?! Onde está o exercício?!
É inevitável pensar em quem vai ler, e não como uma forma de escrever direccionada, antes pelo contrário, pensar dessa forma restringe-me...como em muitas outras coisas, que nada têm a ver com a escrita...
De qualquer forma, essa vai ser a superação que terei de fazer, quase como um ensaio para a vida do dia a dia, posso escrever e não publicar logo, pelas emoções do  momento não deixarem, ou posso até nem escrever, porque à semelhança do que acontece muitas vezes, há uma necessidade tão grande de dizer tantas coisas, de expressar tudo o que aqui dentro se passa, mas não encontro palavras, e muito menos frases que consigam transmitir nada.
E talvez seja aqui que começa o problema, e aí me questionarem o, "Porque é tão difícil chegar a ti?"...
Ainda não sei, mas ando a pensar sobre isso, não sei é se chegarei a alguma conclusão, mas provavelmente irei escrever sobre isso!

Compromisso...

O facto de voltar aqui ao blog, e ter assumido este compromisso comigo, o de escrever mais, e tentar ser fiel ás emoções, faz com que comece a pensar no que vou escrever e que se calhar não me apetecia lá muito, primeiro "falar" e depois expor. Mas também se não o fizer, onde está o desafio?! Onde está o exercício?!
É inevitável pensar em quem vai ler, e não como uma forma de escrever direccionada, antes pelo contrário, pensar dessa forma restringe-me...como em muitas outras coisas, que nada têm a ver com a escrita...
De qualquer forma, essa vai ser a superação que terei de fazer, quase como um ensaio para a vida do dia a dia, posso escrever e não publicar logo, pelas emoções do  momento não deixarem, ou posso até nem escrever, porque à semelhança do que acontece muitas vezes, há uma necessidade tão grande de dizer tantas coisas, de expressar tudo o que aqui dentro se passa, mas não encontro palavras, e muito menos frases que consigam transmitir nada.
E talvez seja aqui que começa o problema, e aí me questionarem o, "Porque é tão difícil chegar a ti?"...
Ainda não sei, mas ando a pensar sobre isso, não sei é se chegarei a alguma conclusão, mas provavelmente irei escrever sobre isso!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

New Season...



Já à algum tempo que queria voltar aqui ao blog, para ver se era de vez depois de tantas ameaças, mas cada vez que pensava em escrever, por um ou outro motivo havia algo que me prendia, não havia disposição!


Há já bastante tempo, estava eu numa meditação, uns bons tempos depois do inicio do blog, em que já não tinha o mesmo entusiasmo do inicio, e senti assim "escreve mais, por ti" (no blog), senti que o motivo desta mensagem não tinha a ver com a importância do que ia estar escrito, mas sim com o processo em si de escrever, a expressão através da escrita, porque de facto as minhas emoções pela escrita ainda vão saindo, mas o falar é uma verdadeira barreira, pelo medo da exposição directa ou mesmo porque a cabeça fica num turbilhão tão grande que não consigo para-la e dizer uma frase que seja com algum sentido e verdade, face ao que estou a sentir.


À uns dias, que conscientemente pensava vou escrever, como já tinha feito outras vezes, mas não conseguia, e num desses dias aconteceu uma coisa interessante, no mesmo dia duas pessoas me falaram de coisas que envolviam este assunto, uma que tem um blog maravilhoso, verdadeiramente inspirador e que todos devem ler, me dava os parabéns pelo meu blog, e uma outra pessoa, recente companheira deste percurso, ao qual gosto de chamar "caminho", que numa conversa que estávamos a ter me dizia que eu devia escrever, porque tinha mente de escritora. Não sei tão pouco se isto é verdade, não é isso que importa, pois naquele momento somado ao facto de à umas horas atrás me terem falado no blog, isto para mim só me lançou a ideia de que realmente devia estar na hora de voltar. Depois de tudo isto lembrei-me então dessa meditação.

Bom, e depois disto cá estou eu a tentar recomeçar, e cumprir o que pelo vistos é importante. Mas para voltar senti a necessidade de mais uma vez, mudar o blog, teve de ser, um recomeço dita cara nova, emoções novas, conceitos novos, aprendizagem novas, e por isso mesmo chamei a este post, New Season,  como fazem nas séries televisivas.
Realmente é uma nova "era" em que muita coisa se passou, muita coisa mudou, novas coisas surgiram, e como tal tudo mexe...só o que parece não mudar muito são os altos e baixos constantes, mas isso acho que tenho que aceitar que faz parte!

Aos seguidores da era da essência que se mantêm, aos novos, porque através do facebook são alguns, e aqueles que seguem e que felizmente eu tenho contacto e sei que pelos mais diversos motivos também andam ausentes aqui estou eu, de volta, ou pelo menos assim espero, não prometo porque não gosto de promessas, mas o compromisso aqui está de novo afirmado.

E não se esqueçam, que eu sempre disse, este blog partiu de mim, mas o intuito é a partilha, portanto comentários, opiniões, ideias, dúvidas, partilha de emoções são sempre muito bem aceites, e foi exactamente essa dinâmica que me fez adorar os blogs!

Namasté

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Silêncio...

Há já alguns dias que ando para escrever aqui no blog, os mais recentes acontecimentos...mas tem sido tudo tão intenso, tão forte em emoções, que só me lembrava de uma determinada mensagem que diz, que quanto mais contares, mais vais perdendo esse energia, fica só...e foi o que tenho tentado fazer, aproveitar ao máximo o que tenho sentido.

Este post intituta-se silêncio, exactamente porque a minha última experiência, foi isso mesmo, um retiro de silêncio.
Eu sou uma pessoa, por natureza calada, ou era, já nem sei bem o tempo verbal a usar, e nunca pensei que esta experiência se revela-se tão difícil quanto revelou, mas ao mesmo tempo tão magnifica.

O grande desafio deste silêncio, pelo que vim a descobrir, não foi tanto o meu silêncio, mas o silêncio de toda a gente que me rodeava, e mais que isso silêncio e ausência total de comunicação, de um olhar, do toque, da cumplicidade...esse realmente foi o ponto exacto da coisa, a sensação de ser ignorada, e também de ignorar, foi mesmo muito difícil.
Acho que potenciou todas as memórias de rejeição, o que me fez mais uma vez e por instantes colocar todas as minhas defesas em modo activo, tamanho foi aquele sentimento, mesmo sabendo que tudo aquilo fazia parte das regras que eu própria tinha escolhido, e que era uma questão de tempo.
Mas essas justificações mentais não conseguiram travar o turbilhão emocional que se gerava (felizmente), e o silêncio transformou-se numa conversa, comigo própria, e com ELE.
A consciência que tinha atraído aquela situação, a consciência de que estava de novo a utilizar todas as artimanhas a que sempre estive habituada, tornaram aqueles momentos intensos, confusos, mas exactamente porque não havia distracção de mim, foi impossível não os viver um a um, com uma consciência e o sentir arrebatador.

E no meio de toda aquela conversa, as coisas ficaram mais nitidas, a compreensão surge de vivenciar tudo aquilo que estava no peito, e principalmente depois disso, e com a consciência da situação perceber que eu já posso largar essas defesas, que apesar de ser instinto, eu já não sou aquilo, que ao perceber os dois lados posso escolher, Escolher-me a mim, vivendo tudo, permitindo a liberdade das minhas emoções.
Desta vez já foi mais fácil, foi doloroso, as durou menos tempo...e ás tantas parece um momento de bipolaridade, estás mal, choras, compreendes, escolhes, passou...chega a hora integrar na vida isso tudo!

E durante 2 dias isto foi mais ou menos ciclico, com mais ou menos emoções semelhantes... no terceiro dia, veio a alegria da liberdade emocional, o riso, cumplicidade, a brincadeira, a proximidade, o amor da partilha entre almas, tudo o que já pode acontecer a quem não se esconde (pelo menos tanto), e também neste dia surgiu a mensagem, que me fez muito sentido...

"Ser feliz dá trabalho, mas não ser dá muito mais!!"

E para mim isto é verdade profunda, porque é certo que há momentos em que sinto, para quê tudo isto se ando sempre a atrair as mesmas coisas (momentos de pura fragilidade), mas vejo que o que acontece depois é diferente, eu com a situação sou diferente, é uma aprendizagem crescente, há um objectivo naquilo...
Não ser, não minimiza a dor, face a quem decide ir lá vivenciar, a dor é a mesma se não for pior, pois é uma dor que não se compreende, que nos faz sentir presos, em algo que ao inicio achamos ser fora, mas no fundo é a dor da prisão que nós temos lá dentro.
Portanto, eu escolho ter trabalho, escolho ter dúvidas, e ter momentos em que não percebo nada de nada, porque mais tarde ou mais cedo vou saber o objectivo, vou perceber o que mudou em mim por causa disso!

E depois de tudo isto, de viver, me expressar aos envolvidos, de partilhar com os amigos desta aventura...
Chegou a hora de ir ao balanço, na TEI... Tema, fé....realmente nunca pensei que tivesse tanta falta, e fomos buscar o que de bom há lá atrás disso...e veio exactamente o que tive de fazer nestes dias, veio que a chave da fé é viver o momento, e nestes dias nem tive alternativa, teve mesmo de Ser....

Mas no fim de tudo, ficou no ar uma mensagem, que claro ainda não percebo, mas tenho a certeza que irei perceber eventualmente, que foi...

Tudo pode acontecer....

Obrigada a todos os que  partilharam comigo esta aventura, os que me ajudam a caminhar cada vez mais...e principalmente ás almas que eu amo, como eu faço questão de dizer, vocês sabem quem...
 

sábado, 16 de julho de 2011

Sangue e Funções Emocionais, Psiquicas e Comportamentais...

Hoje quero partilhar convosco algo que encontrei numa das minhas pesquisas e que achei lindo. Principalmente pela abrangência que nos dias de hoje já existe entre a "biologia" e o além disso... E já agora, vejam...identificam-se?

Estudo das funções específicas e correlacionadas (físicas, emocionais, psíquicas e comportamentais), dos propósitos ativados pelos sintomas, das inter-relações corporais, dos nutrientes e dos recursos para regulação funcional do Sangue, elemento de promoção da Fluência de Vida e de representação do sentido de continuidade, seus componentes e estruturas afins:

Eritrócitos (glóbulos vermelhos): células de representação do sentido de liberdade e de geração da animação e da curiosidade. Elementos de promoção da autenticidade, da autonomia e da suficiência.

Leucócitos (glóbulos brancos): fontes da originalidade e das pulsões que incitam ao desenvolvimento e à prática da intimidade consigo e da transparência. Elementos de promoção da expressividade e de composição da convivência.

Neutrófilos: estruturas de base do sistema de autopreservação. Agentes de regulação da autogerência e da disposição para o acolhimento da orientação externa.

Basófilos: células promotoras da atuação em nome da auto-satisfação e do experimento do prazer. Fontes da alegria e da confiança, do poder de materialização e da crença na abundância.

Eosinófilos: estruturas de composição do sistema proprioceptivo e da atenção em relação ao próprio corpo e às realidades do universo pessoal, de ativação e regulação da capacidade de adaptação e adequação, e de ordenação das intensidades e formas de uso das habilidades sensoriais.

Linfócitos: células de representação do poder de construção e preservação da identidade e da individualidade. Agentes de promoção do desenvolvimento pessoal e exercício do jeito próprio.

Monócitos: estruturas de promoção da vontade, do desejo, da querença e dos sentimentos de direito e merecimento. Fontes do afã, do ânimo e do poder de decisão.

Plaquetas: centros para o registro das características que especificam a identidade física e espiritual, de aspectos do caráter e das memórias que ordenam a história pessoal. Estruturas de representação do livre arbítrio.

Plasma: veículo e campo para a organização das pulsões que animam, sustentam e direcionam o movimento, a ação, manifestação, atuação ou experimento. Estrutura de representação da determinação.

Sistema Linfático: complexo responsável pela estimulação primária do potencial individual de auto-organização e autocura.

Linfa: elemento de promoção da fluidez psíquica e emocional, e de estímulo ao desenvolvimento da autopercepção, da capacidade de identificação e processamento dos movimentos e estados internos, e das habilidades necessárias à interação com o externo.

Fáscia: tecido que preserva o código das funções físicas, psíquicas e sensoriais específicas das estruturas e sistemas, ordena a atividade conjunta, e realiza a integração e o trânsito de informações entre os vários segmentos.
Estudo das qualidades (virtudes e tendências), características comportamentais e intentos evolutivos associadas aos Tipos Sangüíneos e Fator Rh:

Sangue Tipo A: grupo dos notáveis
Sangue Tipo B: grupo dos sensíveis
Sangue Tipo AB: grupo dos singulares
Sangue Tipo O: grupo dos eleitos

Fator Rh Positivo: elemento de promoção da atitude curiosa e criativa
Fator Rh Negativo: elemento de promoção do conhecimento e da sabedoria 

Retirado do Blog Leitura Corporal

terça-feira, 22 de março de 2011

A cor dos Sonhos II

Finalmente acabei o livro A cor dos sonhos que já falei aqui...Gostei muito do livro, é um livro metafórico...o que eu adoro, e que nos transporta para um mundo de aparente fantasia, mas com grandes lições! 
Aqui ficam mais uns momentos que adorei...e principalmente que tocam lá, onde é suposto tocar!

"- Mas, fada, ás vezes a realidade é muito obstinada e por mais que te esforces e trabalhes, não consegues mudá-la - afirmei.
- É verdade que a realidade existe e que por vezes opõe uma pesada resistência a adaptar-se aos nossos desejos. Também é verdade que não podemos viver de costas para a realidade, pelo menos de uma forma responsável para nós e para os outros. Por isso, não nego que é preciso conhecer a realidade e aceitá-la. É preciso aceitar o que se tem a cada momentos. Porém não devemos resignar-nos.
Observa a realidade atentamente e aceita-a, mas não como dado adquirido, antes como algo em permanente transformação. Não renuncies a mudar o que não te agrada, o que constitua um obstáculo aos teus desejos e também tudo quanto te pareça negativo ou injusto.
...
Com os teus sonhos e com o teu coração deves tecer uma rede de afecto à tua volta e repará-la cada vez que sofra danos. Todos podemos ser assolados pelo desânimo, mas não chegaremos a bater no chão se tivermos essa rede. Porém, não deves tecê-la por medo de não teres quem te ampare quando caíres, mas pela coragem de reconhecer que és um ser humano como os outros. Entre seres humanos, a moeda de troca é o afecto. Partilha as tuas emoções, abre-te aos outros e deixa que os outros entrem em ti. Partilha a tua energia, dá-te aos outros e verás quanto recebes em troca. Ao fim e ao cabo, a energia não é de ninguém, é única e inesgotável. Como o amor.
...
- Por outro lado deves ter em conta que a afectividade que importa neste caso é o amor entre iguais. Já imagino que os teus pais te amam e que adoras a tua filha, mas neste caso trata-se de afectividade na horizontal. Ah! Outra coisa muito importante: não ponhas todo o teu afecto, nem o teu sonho numa única pessoa. Isso não é uma rede, é um fio fino que pode partir-se a qualquer momento e que partindo-se, te lançaria irremediavelmente no vazio."

A cor dos Sonhos - Josep López Romero

terça-feira, 15 de março de 2011

A Cor dos Sonhos...

Este é o livro que actualmente estou a ler, e que na altura do natal  olhou para mim, e parece que me chamava...tanto que tive de o trazer, sentia uma energia especial que me fez querer este livro, chama-se  A Cor dos Sonhos, e ainda vou bastante á quem de o acabar, mas também ele se lê muito rapido, só que eu é que tenho tido pouca energia na hora de o ir ler!
Hoje li um pedaço, e não quis deixar de partilhar aqui um excerto que gostei bastante...e assim voltarei com excerto assim que achar que devo...


" Certo, Então o que é que perdeu? - Pois, não sei.
...
Não se preocupe, todos os dias vejo muitos casos como o seu. Não me surpreende. Se as pessoas não sabem o têm, como vão saber o que perderam? Andamos sempre preocupados com o que não temos e não nos apercebemos de que continuamos a precisar do que temos.
...
Talvez a força? Sim, é possivel. A verdade é que chegou um momento em que me sinto derrotada, abatida. Tenho vivido estas últimas semanas como se estivesse a tentar resistir ao ataque de um exército que se infiltrava por todos os flancos e que acabou por destruir a minha força. Para cumulo esta manha surgiu no meu peito um vazio opressivo e tenaz que quase não me deixa mexer-me...Sim, agora estou a ver que perdi foi a minha força. É isso.
- Tem a certeza, menina? - perguntou então o velho
- Pois...Não sei... - respondi cheia de dúvidas.
- Não queria parecer-lhe pretensioso, mas pela minha experiência diria que a força das pessoas não é algo íntrinseco e portanto não é algo que tenham ou deixem de ter.
A força é como uma bola de futebol: se lhe insuflamos ar suficiente, o couro endurece e podemos jogar com ela, só que o essencial não é o couro, mas o ar, ou seja aquilo que o enche, aquilo que serve para a construir ou para a alimentar.
....
- Proponho-lhe que faça uma coisa simples. Oiça durante um momento as suas emoções e diga-me: se tivesse de resumir numa palavra o que sente, qual seria?
- Tristeza - respondi espontaneamente
- Pronto, tristeza! Então o que perdeu foi...
- Alegria?
- É possivel. Mas...
...
- Mas estar sempre alegre seria maravilhoso não seria?
- Nem nada que se pareça cara menina. É totalmente insano. Na vida surgem circunstâncias alegres e outras o não são e estas têm de ser vividas com tristeza, com raivam com medo ou com uma mistura de todas essas emoções. A vida ás vezes d+oi e a dor faz parte da vida. Não se deve negar a dor, nem ocultá-la.
..."
Excerto de A Cor dos Sonhos - Josep López Romero

domingo, 13 de março de 2011

Desilusão...

Para mim a desilusão é algo dificil de gerir, dificil de ultrapassar. Á medida que se vai dando mais um passo no caminho que tentamos escolher como o melhor para nós, aprende-ser vários motivos fazendo que o Julgar deixe de fazer sentido, aprende-se que Aceitar é o que nos permite no fim de tudo ficar em paz connosco próprios, aprende-se que Amar é o fio condutor de todo este caminho, aprende-se que o Apego se junta ao Amar, e que num ápice não conseguimos separar os dois, porque o limiar é muito ténuo...E, aprende-se a dura verdade de que não há DESilusão, sem uma Ilusão primeiro.

Sim, não é fácil engolir este conceito, quando achamos que o outro demonstrou ser, o que no final das contas não foi...mas e será que ele disse que ia ser, ou nós partimos do pressuposto que assim seria? E mesmo que tenha dito, consiguimos nós (os desiludidos), pensar em como o tempo muda tanta coisa, e a pergunta é as pessoas não têm o direito a mudar, e mais não é mudar sinónimo de inteligência?

É isto tudo que torna a desilusão dificil para mim, é eu ter novamente formulado ideias erradas (e ter de lidar com o erro), é em determinados casos ver que a minha desilusão muitas vezes, olha e acha ou que é injusto (e lã vou eu por mais que subtil e inconscientem sentir-me vitima, ou que a atitude da outra pessoa é um grande disparate (ui, e aqui lá vou eu para o julgamento, mas ao mesmo tempo para o "quem sou eu para saber se é disparate ou não", sim porque o meu ego é tao complicado que pensa em polos, contradiz-se e culpa-me por ambos...mas acima de tudo os anteriores só se formulam porque a impotência de vermos alguém que adoramos, fazer alguma coisa que estamos a ver que é disparate, é muito grande...é uma coisa avassaladora). Mas não se fica por aqui, as situações são tão complexas, que muitas vezes lá vem a rejeição a reboque (ela que não faltasse), e ás tantas a confusão que se forma a tentar perceber e dar significado, a perceber Dor= a quê? rejeição ou impotência, e se é rejeição, é porque se sente amor, e depois a intensidade, justifica.....e por ai a fora, nao acaba mais...julgando os sentimentos que deviam ou não ser, e lutando para que este espetacular exercicio do ego, me deixe SENTIR primeiro as emoções...e que não me afaste, do objecto da desilusão, porque em ultima instância nada disto tem a ver com ele, e porque isso é mais uma justificação para fugir e me esconder atrás do medo da dor.

Mas sou sincera, nesta situação em concreto a vontade de desistir, de fugir, de já chega, tem sido muita...e depois começo que a sentir-me lentamente a afastar..e lá tenho eu de voltar senão, onde está a diferença?! Fugir ou Persistir, são dois lados de uma mesma moeda, em que o que manda é o medo...numa o medo da dor provocada, noutra o medo da dor da perda...é dificil distinguir, muito...
Querem que vos diga, estou cansada...desisti, ou vou distinto...distindo da ilusão...porque depois o amor que sinto no peito, não deixa desistir de mais nada!!!
E a cada vez que sinto esse amor, por alguem, por alguma coisa tento expressá-lo, e confesso que talvez, sinta muita vez o "não sou deste mundo" o "a sociedade ainda é muito diferente", tipico dos indigo porque acho que não se compreende ainda isso bem, e muito menos viver neste espirito de retorno, mas no final das contas vou Perder na mesma, e quando esse amor é direccionado a alguém, transforma-se em algo muito maior, e magnifico de se SENTIR....e isso ninguem me tira!

Eu sempre disse a quem mais gosto, que um dia, a desilusão iria acontecer, e que essas pessoas não poderia fazer nada á cerca disso...e chegou o dia, em que doi, mas que o amor continua lá, nem que seja para deixar ir, e esperar para que não volta se for preciso um colo o meu estar disponivel....É duro sentir Hoje isto? é...muito, mas também é muito bom chegar um bocadinho mais proximo de Eu conseguir sentir, o que realmente AMOR significa...e para mim amor é alguma coisa que implica isto....

No entretanto, uma dor magnanime vai convivendo com um Amor soberbo, e talvez um dia seja mais fácil, SER, SENTIR, COMUNICAR, porque olhando os olhos, tudo está lá expresso e eles realmente não mentem, dificil é coordenar as parlavras com essa verdade exposta...e eu ás vezes tenho muito vontade que esse tempo, chegue depressa!

Gostei deste texto e decidi juntar Desilusão - Maragarida Rebelo Pinto

segunda-feira, 7 de março de 2011

Crianças Indigo II

Voltei aqui ao blog, com o assunto das crianças da nova Era, neste caso crianças Indigo. O porquê de pesquisar mais sobre o tema?´É que apesar de já ter ouvido falar muito, inclusive ter pesquisado sobre este assunto, sempre tentei perceber se me identificava nitidamente com as caracteristicas de algum dos grupos, mas nunca cheguei a nenhuma conclusão, apesar de achar que me identificava mais com o grupo cristal! No entanto no fim de semana que passou, a minha mãe foi fazer um curso, que eu também já frequentei, e ouviu falar das caracteristicas do grupo dos indigo, e a primeira coisa que fez quando chegou ao pé de mim foi perguntar, afinal tu és Indigo ou não? Eu disse que não sabia, e ela respondeu ai és, és...porque á medida que eu ouvia a descrição, eras tu, quando pequenina então, tal e qual!
Eu começei a pensar bem sobre o assunto, voltei a ler aquilo que tinha e mais...e continuo na dúvida, principalmente, porque acho que não fui combativa, acabei por ceder á restrição, e se há coisa que não gosto, é conflito....mas á medida que leio mais, acredito que deve ser mesmo, pois uma parte dos indigo super protegem-se, e esse foi definitivamente o meu caso!