Aquele que se agarra à visão mundana
Não pode entrar no caminho [chin. Tao].
Àquele que não entende realmente, mas diz que entende,
Você não pode falar sobre o caminho.
Aquele que vive no conforto ocioso e que é preguiçoso
Não pode aprender o caminho.
Aquele que acredita em mentes individuais e separadas
Não pode falar sobre o caminho.
Aquele que abandona o movimento e procura a calma
Não pode cultivar o caminho.
Aquele que abandona o ensinamento para investigar a meditação [chin. Ch'an]
Não pode atingir o caminho.
Aquele que depende de palavras e conceitos para explicar o significado profundo do Dharma
Não pode entender o caminho.
Aquele que deseja ser apressado e procura por algo fácil
Não pode ser iluminado pelo caminho.
Aquele que separa o pequeno do grande
Não pode ser iluminado pelo caminho.
Aquele que se agarra ao impuro chamando-o de puro
Não pode conhecer o caminho.
Aquele que não gosta das coisas comuns e simples e,
Ao invés disso, tem uma afeição por coisas novas e especiais,
Não pode tender ao caminho.
Aquele que gosta apenas do simples e superficial
Mas não gosta do detalhado e profundo
Não pode entender o caminho.
Aquele que conduz uma tarefa de maneira superficial e que não gosta de esforço,
O que é contra a disciplina,
Não pode praticar o caminho.
Aquele que atinge um pouco mas acha que é suficiente
Não pode praticar o caminho.
Aquele que tem pouco entendimento mas acha que é suficiente
Não pode atingir o caminho.
Para atingir o caminho,
Apenas transcenda as preocupações, visões e tentações mundanas.
Para atingir o caminho,
Apenas permaneça modestamente e com mente aberta.
Para atingir o caminho,
Apenas trabalhe assiduamente.
Para atingir o caminho,
Apenas aprenda, com professores bons e próximos,
Como compreender o Dharma intuitivamente e, em todos os lugares,
Use o ensinamento experientemente para selar a mente.
(Ou-i, 1595-1653. Adaptado de An Exhortation to be alert to the Dharma. Traduzido por Lok To, editado
por Frank G. French. Bronx: Sutra Translation Committee of the United States and Canada, 1987. Pág. 2-3
Sem comentários:
Enviar um comentário