Pensamento do Dia...

"É legítimo querer que nos amem por quem somos … mas é nossa a responsabilidade de sermos quem somos…fielmente."

quarta-feira, 11 de março de 2009

História Hindu!

São duas as coisas que quero dizer antes de lerem o post de hoje.
Uma delas é acerca das religiões, todas elas são partes de um todo, são interpretações que cada parte da população do planeta faz de uma mensagem comum. Esta interpretação é necessária pois alguns irão identificar-se com a mensagem através de uma religião. Se a interpretação fosse só uma, a mensagem comum iria chegar a muito menos pessoas. Outra maneira de passar a mensagem é a espiritualidade, pessoas que não se identificam com nenhuma religião, ou que se identificam com partes dela mas necessitam de algo que a complemente. O importante é ter a consciência que qualquer delas é parte de um todo, sendo assim nenhuma é mais válida do que outra. Outra coisa que queria realçar é o facto de no dia a dia nós termos demasiada tendência a observar partes e dai tirarmos logo as conclusões. É muito importante ter consciência que se tivermos a humildade de conhecer outras partes, ou pelo menos ter consciência que existem outras partes, como uma outra face de uma mesma moeda, estaremos certamente mais perto da verdade.
"Numa cidade da Índia viviam sete sábios cegos. Como os seus conselhos eram sempre excelentes, todas as pessoas que tinham problemas recorriam à sua ajuda. Embora fossem amigos, havia uma certa rivalidade entre eles que, de vez em quando, discutiam sobre qual seria o mais sábio. Certa noite, depois de muito conversarem acerca da verdade da vida e não chegarem a um acordo, o sétimo sábio ficou tão aborrecido que resolveu ir morar sozinho numa caverna da montanha. Disse aos companheiros: - Somos cegos para que possamos ouvir e entender melhor que as outras pessoas a verdade da vida. E, em vez de aconselhar os necessitados, vocês ficam aí discutindo como se quisessem ganhar uma competição. Não aguento mais! Vou-me embora.
No dia seguinte, chegou à cidade um comerciante montado num enorme elefante. Os cegos nunca tinham tocado nesse animal e correram para a rua ao encontro dele. O primeiro sábio apalpou a barriga do animal e declarou: - Trata-se de um ser gigantesco e muito forte! Posso tocar nos seus músculos e eles não se movem; parecem paredes... - Que palermice! - disse o segundo sábio, tocando nas presas do elefante. - Este animal é pontiagudo como uma lança, uma arma de guerra... - Ambos se enganam - retorquiu o terceiro sábio, que apertava a tromba do elefante. - Este animal é idêntico a uma serpente! Mas não morde, porque não tem dentes na boca. É uma cobra mansa e macia... - Vocês estão totalmente alucinados! - gritou o quinto sábio, que mexia nas orelhas do elefante. - Este animal não se parece com nenhum outro. Os seus movimentos são bamboleantes, como se o seu corpo fosse uma enorme cortina ambulante... - Vejam só! - Todos vocês, mas todos mesmos, estão completamente errados! - irritou-se o sexto sábio, tocando a pequena cauda do elefante. - Este animal é como uma rocha com uma corda presa no corpo. Posso até pendurar-me nele. E assim ficaram horas debatendo, aos gritos, os seis sábios. Até que o sétimo sábio cego, o que agora habitava a montanha, apareceu conduzido por uma criança. .
Ouvindo a discussão, pediu ao menino que desenhasse no chão a figura do elefante. Quando tacteou os contornos do desenho, percebeu que todos os sábios estavam certos e enganados ao mesmo tempo. Agradeceu ao menino e afirmou: - É assim que os homens se comportam perante a verdade. Pegam apenas numa parte, pensam que é o todo, e continuam tolos!"

1 comentário:

Sombra de Saturno disse...

Adorei ler este post! Esta semana tenho pensado exactamente nessa situação, e reparo que o ego nunca nos deixa ver as coisas de cima, muito mais amplas e aproximadas à verdade. Muito bonita a mensagem!

Beijinhos**