Pensamento do Dia...

"É legítimo querer que nos amem por quem somos … mas é nossa a responsabilidade de sermos quem somos…fielmente."

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A alma e o Perdão!!


Era uma vez, em tempo nenhum, uma Pequena Alma que disse... a Deus:
- Eu sei quem sou!

E Deus disse: 
- Que bom! Quem és tu?

E a Pequena Alma gritou: 
- Eu sou Luz!

E Deus sorriu. – É isso mesmo! – exclamou Deus. – Tu és Luz!

A Pequena Alma ficou muito contente, porque tinha descoberto aquilo que todas as almas do Reino deveriam descobrir. – Uauu, isto é mesmo bom! – disse a Pequena Alma. Mas, passado pouco tempo, saber quem era já não lhe chegava. A pequena Alma sentia-se agitada por dentro, e agora queria ser quem era. Então foi ter com Deus ( o que não é má idéia para qualquer alma que queira ser Quem Realmente É ) e disse:
- Olá Deus! Agora que sei Quem Sou, posso sê-lo?

E Deus disse:
- Quer dizer que queres ser Quem já És?

- Bem, uma coisa é saber Quem Sou, e outra coisa é sê-lo mesmo. Quero sentir como é ser a Luz! – respondeu a pequena Alma.

- Mas tu já és Luz – repetiu Deus, sorrindo outra vez.

- Sim, mas quero senti-lo! – gritou a Pequena Alma.

- Bem, acho que já era de esperar. Tu sempre foste aventureira – disse Deus com uma risada. Depois a sua expressão mudou. – Há só uma coisa…

- O quê? – perguntou a Pequena Alma.

- Bem, não há nada para além da Luz. Porque eu não criei nada para além daquilo que tu és; por isso, não vai ser fácil experimentares-te como Quem És, porque não há nada que tu não sejas.

- Hã? – disse a Pequena Alma, que já estava um pouco confusa.

- Pensa assim: tu és como uma vela ao Sol. Estás lá sem dúvida. Tu e mais milhões, ziliões de outras velas que constituem o Sol. E o Sol não seria o Sol sem vocês. ‘Não seria um sol sem uma das suas velas… e isso não seria de todo o Sol, pois não brilharia tanto. E no entanto, como podes conhecer-te como a Luz quando estás no meio da Luz – eis a questão’.

- Bem, tu és Deus. Pensa em alguma coisa! – disse a Pequena Alma mais animada. Deus sorriu novamente.

- Já pensei. Já que não podes ver-te como a Luz quando estás na Luz, vamos rodear-te de escuridão – disse Deus.

- O que é a escuridão? perguntou a Pequena Alma.

- É aquilo que tu não és – replicou Deus.

- Eu vou ter medo do escuro? – choramingou a Pequena Alma.

- Só se o escolheres. Na verdade não há nada de que devas ter medo, a não ser que assim o decidas. Porque estamos a inventar tudo. Estamos a fingir.

- Ah! – disse a Pequena Alma, sentindo-se logo melhor.

Depois Deus explicou que, para se experimentar o que quer que seja, tem de aparecer exactamente o oposto.

- É uma grande dádiva, porque sem ela não poderíamos saber como nada é – disse Deus – Não poderíamos conhecer o Quente sem o Frio, o Alto sem o Baixo, o Rápido sem o Lento. Não poderíamos conhecer a Esquerda sem a Direita, o Aqui sem o Ali, o Agora sem o Depois. E por isso, – continuou Deus – quando estiveres rodeada de escuridão, não levantes o punho nem a voz para amaldiçoar a escuridão. ‘Sê antes uma Luz na escuridão, e não fiques furiosa com ela. Então saberás Quem Realmente És, e os outros também o saberão. Deixa que a tua Luz brilhe tanto que todos saibam como és especial!’

- Então posso deixar que os outros vejam que sou especial? – perguntou a Pequena Alma.

- Claro! – Deus riu-se. – Claro que podes! Mas lembra-te de que ‘especial’ não quer dizer ‘melhor’! Todos são especiais, cada qual à sua maneira! Só que muitos esqueceram-se disso. Esses apenas vão ver que podem ser especiais quando tu vires que podes ser especial!

- Uau – disse a Pequena Alma, dançando e saltando e rindo e pulando. – Posso ser tão especial quanto quiser!

- Sim, e podes começar agora mesmo – disse Deus, também dançando e saltando e rindo e pulando juntamente com a Alma

- Que parte de especial é que queres ser? – Que parte de especial? – repetiu a Pequena Alma. – Não estou a perceber.

- Bem, – explicou Deus – ser a Luz é ser especial, e ser especial tem muitas partes. É especial ser bondoso. É especial ser delicado. É especial ser criativo. É especial ser paciente. Conheces alguma outra maneira de ser especial?

A Pequena Alma ficou em silêncio por um momento. – Conheço imensas maneiras de ser especial! – exclamou a Pequena Alma – É especial ser prestável. É especial ser generoso. É especial ser simpático. É especial ser atencioso com os outros.

- Sim! – concordou Deus – E tu podes ser todas essas coisas, ou qualquer parte de especial que queiras ser, em qualquer momento. É isso que significa ser a Luz.

- Eu sei o que quero ser, eu sei o que quero ser! – proclamou a Pequena Alma com grande entusiasmo. – Quero ser a parte de especial chamada ‘perdão’. Não é ser especial alguém que perdoa?

- Ah, sim, isso é muito especial, assegurou Deus à Pequena Alma.

- Está bem. É isso que eu quero ser. Quero ser alguém que perdoa. Quero experimentar-me assim – disse a Pequena Alma.

- Bom, mas há uma coisa que devias saber – disse Deus.

A Pequena Alma já começava a ficar um bocadinho impaciente. Parecia haver sempre alguma complicação.

- O que é? – suspirou a Pequena Alma.

- Não há ninguém a quem perdoar.

- Ninguém? A Pequena Alma nem queria acreditar no que tinha ouvido.

- Ninguém! – repetiu Deus. Tudo o que Eu fiz é perfeito. Não há uma única alma em toda a Criação menos perfeita do que tu. Olha à tua volta. Foi então que a Pequena Alma reparou na multidão que se tinha aproximado. Outras almas tinham vindo de todos os lados – de todo o Reino – porque tinham ouvido dizer que a Pequena Alma estava a ter uma conversa extraordinária com Deus, e todas queriam ouvir o que eles estavam a dizer. Olhando para todas as outras almas ali reunidas, a Pequena Alma teve de concordar. Nenhuma parecia menos maravilhosa, ou menos perfeita do que ela. Eram de tal forma maravilhosas, e a Luz de cada uma brilhava tanto, que a Pequena Alma mal podia olhar para elas.

- Então, perdoar quem? – perguntou Deus.

- Bem, isto não vai ter piada nenhuma! – resmungou a Pequena Alma – Eu queria experimentar-me como Aquela que Perdoa. Queria saber como é ser essa parte de especial.

E a Pequena Alma aprendeu o que é sentir-se triste. Mas, nesse instante, uma Alma Amiga destacou-se da multidão e disse:

- Não te preocupes, Pequena Alma, eu vou ajudar-te – disse a Alma Amiga.

- Vais? – a Pequena Alma animou-se. – Mas o que é que tu podes fazer?

- Ora, posso dar-te alguém a quem perdoares!

- Podes?

- Claro! – disse a Alma Amiga alegremente. – Posso entrar na tua próxima vida física e fazer qualquer coisa para tu perdoares.

- Mas porquê? Porque é que farias isso? – perguntou a Pequena Alma. – Tu, que és um ser tão absolutamente perfeito! Tu, que vibras a uma velocidade tão rápida a ponto de criar uma Luz de tal forma brilhante que mal posso olhar para ti! O que é que te levaria a abrandar a tua vibração para uma velocidade tal que tornasse a tua Luz brilhante numa luz escura e baça? O que é que te levaria a ti, que danças sobre as estrelas e te moves pelo Reino à velocidade do pensamento, a entrar na minha vida e a tornares-te tão pesada a ponto de fazeres algo de mal?

- É simples – disse a Alma Amiga. – Faço-o porque te amo.

A Pequena Alma pareceu surpreendida com a resposta.

- Não fiques tão espantada – disse a Alma Amiga – tu fizeste o mesmo por mim. Não te lembras? Ah, nós já dançamos juntas, tu e eu, muitas vezes. Dançamos ao longo das eternidades e através de todas as épocas. Brincamos juntas através de todo o tempo e em muitos sítios. Só que tu não te lembras. Já fomos ambas o Todo. Fomos o Alto e o Baixo, a Esquerda e a Direita. Fomos o Aqui e o Ali, o Agora e o Depois. Fomos o Masculino e o Feminino, o Bom e o Mau – fomos ambas a vítima e o vilão. Encontra-nos muitas vezes, tu e eu; cada uma trazendo à outra a oportunidade exata e perfeita para Expressar e Experimentar Quem Realmente Somos. – E assim, – a Alma Amiga explicou mais um bocadinho – eu vou entrar na tua próxima vida física e ser a ‘má’ desta vez. Vou fazer alguma coisa terrível, e então tu podes experimentar-te como Aquela Que Perdoa.

- Mas o que é que vais fazer que seja assim tão terrível? – perguntou a Pequena Alma, um pouco nervosa.

- Oh, havemos de pensar nalguma coisa – respondeu a Alma Amiga, piscando o olho.

Então a Alma Amiga pareceu ficar séria, disse numa voz mais calma:

- Mas tens razão acerca de uma coisa, sabes? – Sobre o quê? – perguntou a Pequena Alma.

- Eu vou ter de abrandar a minha vibração e tornar-me muito pesada para fazer esta coisa não muito boa. Vou ter de fingir ser uma coisa muito diferente de mim. E por isso, só te peço um favor em troca.

- Oh, qualquer coisa, o que tu quiseres! – exclamou a Pequena Alma, e começou a dançar e a cantar: – Eu vou poder perdoar, eu vou poder perdoar!

Então a Pequena Alma viu que a Alma Amiga estava muito quieta.

- O que é? – perguntou a Pequena Alma. – O que é que eu posso fazer por ti? És um anjo por estares disposta a fazer isto por mim!

- Claro que esta Alma Amiga é um anjo! – interrompeu Deus, – são todas! Lembra-te sempre: Não te enviei senão anjos.

E então a Pequena Alma quis mais do que nunca satisfazer o pedido da Alma Amiga.

- O que é que posso fazer por ti? – perguntou novamente a Pequena Alma.

- No momento em que eu te atacar e atingir, – respondeu a Alma Amiga – no momento em que eu te fizer a pior coisa que possas imaginar, nesse preciso momento…

- Sim? – interrompeu a Pequena Alma

- Sim? A Alma Amiga ficou ainda mais quieta. – Lembra-te de Quem Realmente Sou.

- Oh, não me hei de esquecer! – gritou a Pequena Alma – Prometo! Lembrar-me-ei sempre de ti tal como te vejo aqui e agora.

- Que bom, – disse a Alma Amiga – porque, sabes, eu vou estar a fingir tanto, que eu própria me vou esquecer. E se tu não te lembrares de mim tal como eu sou realmente, eu posso também não me lembrar durante muito tempo. E se eu me esquecer de Quem Sou, tu podes esquecer-te de Quem És, e ficaremos as duas perdidas. Então, vamos precisar que venha outra alma para nos lembrar às duas Quem Somos.

- Não vamos, não! – prometeu outra vez a Pequena Alma. – Eu vou lembrar-me de ti! E vou agradecer-te por esta dádiva – a oportunidade que me dás de me experimentar como Quem Eu Sou.

E assim o acordo foi feito. E a Pequena Alma avançou para uma nova vida, entusiasmada por ser a Luz, que era muito especial, e entusiasmada por ser aquela parte especial a que se chama Perdão. E a Pequena Alma esperou ansiosamente pela oportunidade de se experimentar como Perdão, e por agradecer a qualquer outra alma que o tornasse possível. E, em todos os momentos dessa nova vida, sempre que uma nova alma aparecia em cena, quer essa nova alma trouxesse alegria ou tristeza – principalmente se trouxesse tristeza – a Pequena Alma pensava no que Deus lhe tinha dito.

- Lembra-te sempre, – Deus aqui tinha sorrido – não te enviei senão anjos!.


Neale Donald Walsch - do livro "Conversa com Deus"

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Benção!!


Esta fase da minha vida está a ser uma benção. Tanta aprendizagem, tanta mudança. Que bom que é sentir, que contra todas as expectativas, as dificuldades, e que poderia trazer ausência de amor, trouxe maior proximidade com o amor, a oportunidade fantástica de através das circunstâncias poder exercer realmente o que é o amor, poder exercer a mais alta energia de amor, que neste momento consigo atingir. É fantástico e surpreendente, que depois da dor, ou depois dos vários momentos em que a dor vêm brote mais amor, maior capacidade de projectar esse amor. Ás vezes penso, será que isto é real? Mas a verdade é que sinto mais amor que nunca, mais energia que nunca, apesar de a mim própria me espantar como é possível sentir isto, nas circunstâncias....mas depois percebo que é o antigo registo a querer prevalecer, mas quem toma contacto com esta energia de amor acho que jamais quer perder. 
Neste processo tenho perdido medo, tenho prescindido das energias antigas, dos padrões antigos, tenho-me centrado em mim o mais possível, para que prevaleça o que realmente sou, e não deixar que seja o exterior a definir-me, parece simples, mas não é nada...mas surge uma tranquilidade, uma paz, maravilhosa. 
As pessoas têm-me ensinado coisas, seja pelas conversas, seja até por exercerem o que são, é incrível que mesmo distantes nos ensinam coisas, e nos ajudam a ser melhores. E a vida, a vida ultimamente tem tratado de me enviar os sinais, para que eu tenha a certeza que o caminho é o certo, têm-me trazido pessoas, memórias e acontecimentos passados, que me ajudam com a situação actual, para que através delas possa transformar-me mais um bocadinho.
Não vou dizer que não têm sido duro, porque tem sido muito, mas agora que acho que acabou essa fase, em que partimos as estruturas que por agora tinham de ser partidas, agora o amor, a energia, a alegria, o bem estar e acima de tudo a tranquilidade, valem cada bocadinho em que desesperei, por não saber o que estava a acontecer. E mesmo agora, continua o CONFIAR, confiar na vida quando tudo está a ruir, e agora que se reconstrói, não querendo a toda a força reconstruir da forma que conhecíamos, mas deixar que a vida nos mostro coisas novas, para que este novo seja melhor do que alguma vez conhecemos.
Vou sentindo, o que acho ser a reconstrução, o que poderá acontecer é certo...e quero muito acreditar que a sensação é correcta, porque isso significaria que estou muito mais em contacto comigo, e a algo superior.


E talvez por tudo isto, já me saíu duas vezes esta mensagem num espaço curto de tempo, com questões muito semelhantes:

Nova Vida

Nova Vida chama por ti agora.
Nova vida, novas pessoas, novos acontecimentos. O passado morreu. Tem de morrer.
Tudo o que valia até aqui deixou de valer - ou se calhar nunca valeu. Todas as hipoteses que se afiguravam viáveis deixaram de o ser.

Vieste aqui para morrer. Para definhar, quebrar e limitar a tua resistência.
Nada tem de ser perfeito. Mas tem de ser novo.
Nova vida, novas oportunidades.
As coisas que dantes tinham valor deixaram de o ter. Qualquer coisa que queiras usar que seja do passado, qualquer pessoa, ocasião, circunstância ou forma de agir, qualquer medo de sentir, tudo isso será agora extremamente penalizado.

Acabou o ciclo.
Acabou o fluxo.
Agora, quero tudo novo.
Deixa a vida apresentar-se e vais ver o maravilhoso e certeiro que é.

Jesus

Livro da Luz - Alexandra Solnado

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Como estás?

Em tempos a resposta à pergunta como estás seria um, hoje estou bem, ou esta semana não estou nada bem, mas sempre um tempo relativamente longo, que me permitisse definir um estado. Ultimamente isso não acontece, essa resposta foi substituída por um, neste momento estou bem, ainda há pouco estive bem mal. E é assim que um dia é abrangido por diversas emoções, mas não como se elas viessem se nexo, não...vêm na sequência umas das outras, e existem momentos verdadeiramente difíceis, que horas depois dão lugar a uma iluminação sem igual. E o que num momento parecia não ter resolução, ou não saber a forma de lidar, no outro vêm com uma certeza de que é por ali, e que esses momentos difíceis fazem parte da construção desse caminho de confiança.
E toda a solução para isso basta simplesmente, ter o foco no sitio certo, que é dentro. A dificuldade toda reside nos momentos em que o ego leva o foco para fora, numa tentativa desesperada de combater a nova forma, de ver, sentir e agir, neste caminho que em nada é seguro, e isso desestrutura tanto que o ego não quer nem por nada perder o controlo, e é aí que surgem os momentos mais difíceis nessa luta. No momento em que conseguimos que o foco se volte de novo para dentro, para o nosso centro, quando olhamos para nós como ferramenta em desenvolvimento para lidar com tudo o que a vida nos traz, no momento em que aceitamos não controlar e confiar, tudo fica estupidamente fácil, e brota uma confiança, uma força, um amor, uma gratidão, uma certeza, uma paz, confinada ao que, tudo o que temos de fazer, transformar e focar está dentro de nós mesmos....pelo menos até vir nova crise, de dúvida, de medo, mas que concerteza será uma benção, porque de seguida a confiança estará mais forte que nunca, confiança que é por aqui o caminho.

domingo, 5 de agosto de 2012

Confia mais...


O confia foi mais uma vez elevado a um patamar superior. Achava eu que por agora tudo o que poderia causar essa força de confiar já tinha acontecido, depois de sentir que tudo na minha vida foi levada a um zero. Hoje já consigo ver que ao ser levada a este zero, me centrei mais em mim, ganhei estrutura, confiança no que posso fazer na minha vida, "força" e ao mesmo tempo uma fragilidade de chorar todos dias, por coisas mínimas.

Mas este confiar proposto foi elevado, a proposta, o desafio, sei lá, agora é muito grande. E tenho muito medo de não conseguir, de apesar de fazer tudo para confirmar que essa é a proposta, e não uma estratégia do ego para fugir à dor, apesar disso não o conseguir. A proposta foi elevada, porque o que era "apenas", ou pelo menos aparentemente, um confiar em algo fora, agora a questão é se consigo confiar em algo tão intrínseco, que ás tantas faz parte de mim.
Pedi tanto hoje, para desistir, aceitar, a achar que é isso que tenho de fazer, entreguei, abri o peito, fragilizei o mais que pude, pedi, e pedi a verdade...
E surgiu a questão, o que é mais difícil para mim, confiar ou desistir? A resposta para mim era óbvia, o mais difícil é desistir, e a resposta que veio, foi...se é o mais difícil porque é que pedes tanto?! Realmente, temos tendência a evitar o que nos causa mais dor, e nesse momento eu só queria deixar de confiar, porque no fundo é o que está a acontecer, mas é tão difícil manter isso acima de tudo, causa tanta dúvida, tanta dor. Mas ao mesmo tempo momentos de tanta calma, tranquilidade, como se tudo estivesse no sitio certo e eu soubesse porquê.
Tudo isto é muito doido, e hoje li uma num livro uma frase que definiu, tão bem o que também sinto, "...sentámo-nos e rezámos juntos, com medo de ter esperança e com medo de não ter." - Todd Burpo in O Céu existe Mesmo

E é isso que sinto que confiar implica neste momento, implica dentro de mim dois lados, um medo terrível que confiar seja uma pura ilusão para fugir à dor, mas que não confiar significa mais uma vez, que não o consigo fazer, que não consigo entregar, porque o que virá será o melhor para mim.

Ainda por cima, tenho de aprender, como isso se faz realmente, e à uns tempos bem que recebi esta mensagem...

Não sei se tu vais estar preprada para viver o que aí vem. Podes não acreditar, mas para vocês o bom é mesmo mais dificil de ser vivido. 

E realmente confiar dá uma tranquilidade tão grande uma calma, como se bastasse só observar os acontecimentos, que fica assustador acreditar e viver isso.
E consequentemente desactivar o mental, que é o que causa todas estas questões, todas estas sensações de medo, das quais ás vezes parece ser difícil sair.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Voltar a ti!!

"Fizeste o que devia ser feito. Apesar de tudo, das dificuldades, dos obstáculos e da tua própria resistência, fizeste o que devia ser feito. Apesar da tristeza. Sobretudo, apesar da tristeza. Fizeste o que tinhas de fazer para voltar à tua frequência original, para voltar ao teu elemento, para voltar a ti." (...)

Não podiam haver palavras melhores, mais tranquilizadoras, de que apesar de tudo o caminho é o certo. E este caminho que me levou novamente para dentro, mais profundamente, está a ensinar-me tantas coisas novas, está a ensinar-me a quantidade de sentimentos que tenho dentro, e a respeitá-los, a aceitá-los, dando uma sensação de amor e liberdade fantástica.
Sentir realmente que entrei noutro patamar, não que seja mais alto, mas porque comecei a sentir coisas que nunca tinha sentido antes, a permitir emoções de uma forma que nunca tinha sentido antes, e com um objectivo de aprender e viver o polo oposto do que vivi até agora.
Independentemente do conjunto de sensações que tenho, que não percebo, de intuições que não sei se realmente são verdadeiras, quero viver o que senti que era o proposto agora, nutrir a minha energia. E sem nenhum esforço isso começou a acontecer, de forma tão natural e tão saborosa, apenas por permitir que os sentimentos vão e venham, sem me apegar a eles, sem me transformar neles.
Contigo fiz um acordo, que vou respeitar e aceitar, e confiar nas intuições, mas vou distanciar-me delas, entregando-te tudo o que consigo, focando-me apenas neste nutrir, que sendo a minha proposta me vai levar exactamente onde tenho de ir.
Confio. Entrego. Mais que até agora, provavelmente ainda não é totalmente, mas é mais do que até agora consegui fazer. Quero ficar a zeros, sentir-te, ouvir-te, e seguir o caminho que indicas que devo fazer.

"E daqui a um tempo, quando aprenderes a respeitar essa tua dimensão interior, quando aprenderes a voltar vais poder começar a ir.
Para já, fica. Fica em ti. Escolhe-te a ti em detrimento de tudo o resto.
Fica. Fica." (...)

Livro da Luz - Alexandra Solnado

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Sente!

É tão estranho observar tudo o que ando a sentir. Tenho tanto medo, e ao mesmo tempo tanta confiança.
Tenho medo que aquilo que eu quero não e o que eu preciso, e aí ter de aceitar, tenho medo que em prol de um sentir, me deixe trair pelo ego, e faça a escolha errada, seja escolher a maneira A ou a B.
E tenho medo, porque vejo que por mais que tente, que tenha consciência é verdade, é muito difícil ainda confiar no amor.
Ainda hoje dizia que é muito mais fácil acreditar que de um dia para o outro a vida pode mudar, e ficar mal....do que conseguir acreditar que de um dia para o outro tudo pode misteriosamente começar a correr bem. E se nós olhamos para vida e sentimos isto, o que fará, quando colocamos a confiança de um amor numa pessoa, por mais que tudo me diga confia, porque é tão difícil acreditar? Vêm o medo da ilusão, de acreditar no querer do ego e não no sentir dado pela intuição.

Quando tudo aqui dentro fica calmo, vêm a importância de fazer este processo, sinto uma pessoa viciada que precisa de passar por um processo de desintoxicação, e nos primeiros tempos luta desesperadamente para fazer tudo aquilo parar, voltando ao hábito que sabe que vai aliviar instantaneamente toda a ressaca, é, é mesmo tal e qual isto que sinto, é impressionante o conjunto de comportamentos que temos em que estamos absolutamente viciados. E no momento que fica difícil, tem de vir a escolha, tem de vir o que é melhor para mim, em prol de não viver em mais esta dor, em prol de não saber o que vêm depois, o reconstruir do ser, e de ficar sem padrão de comportamento. Vêm um conjunto gigante de medo e insegurança, e é aí que entra a força, não a de tenho de fazer, mas a força de vontade que faz parte do que realmente quero vir a ser, essa força que aumenta a cada vez que consigo respeitar uma escolha, feita na base do melhor para mim, mesmo que não faça ideia do que isso significa, nem das consequências que virão daí. Sinto neste preciso momento que entreguei a minha vida, as pessoas dela, a quem de lá de cima possa cuidar, cuidando de mim também...dizendo-me por onde ir, como, e com quem, e só me resta confiar, porque depois de tudo isto resta-me mesmo muito pouco.
CHAMA-ME

São tão conscientes as comunicações…Quer dizer que subiste os
níveis necessários para me tocar. Para eu tocar o teu coração, a tua
energia. Para eu te substituir séculos de células padrão de energia
escura. Para eu te facultar recursos de purificação. Subiste de tom.
Subiste de timbre. Subiste de vibração.

E quando hoje chegas cá acima com essa facilidade, não penses
que é imaginação tua. Eu realmente estou aqui a dizer ao que
venho. Sente a minha resposta. Ouve a minha versão. Porque os
acontecimentos da vida servem para mais do que apenas um
objectivo. Tudo é intrincado e perfeito para que obtenhas inspiração
para retirares de dentro de ti próprio tudo o que não sejas tu.

Chama-me, e eu virei. Virei dar cor aos teus dias. Enchê-los de
significado. Virei dar-te instruções sobre a melhor forma de viver
na matéria. Virei trazer-te amor puro e jovial, e colocar no teu peito
a informação que seja necessária neste momento da tua vida.

Chama-me, e eu virei encher-te da minha luz e fazer-te brilhar até às
estrelas. Para que não te esqueças de onde vieste. Para que não te
esqueças de quem escolheste vir ser.

Jesus

Alexandra Solnado in Livro da Luz

sexta-feira, 13 de julho de 2012

A Grandeza do amor no peito!!


Não consigo explicar. Não consigo colocar em palavras, nem em pensamentos, como é possível tudo fora estar um caos, e ser assolada por esta enorme grandeza de amor no peito.

E agora que o escrevo lembro-me que da primeira vez foi igual, tudo fora parecia não corresponder com nada do que sentia dentro, quando não havia motivos aparentemente suficientes para sentir este amor, sentia...porque vinha da humildade de aceitar o momento, e da ligação que se estabelece com o céu, o universo, a vida, Deus, como lhe quisermos chamar. Mas também me relembro, que fui perdendo esse amor, não fui capaz de o conseguir manter, mesmo tendo consciência do que estava a acontecer, nunca a perdi e fui fazendo o melhor que pude, e no fundo fiz muitas escolhas e tomei atitudes de que me orgulho, com consciência.
Desta vez é diferente...já tinha vindo a sentir gradualmente um crescendo desse amor, mas não chegava aquele tamanho. Mas todos os desafios, as exigências, as provas, têm sido tantas...as escolhas entre medo e amor têm sido mais que muitas, que fica difícil chegar a esse estado, e tenho sentido uma alternância muito rápida, entre amor, dor e medo é um rodopio que me tem deixado exausta, apesar do orgulho de conseguir escolher o amor na maioria das vezes.
E não deixa de ser curioso, que no momento em que os desafios são maiores (se se pode chamar isso), em que parecem inultrapassáveis, em que as circunstâncias gritam medo, caos, desconhecimento total do que fazer, e do que possa ser feito, e tão pouco do caminho a seguir, no momento em que se prescinde de um certo ou errado, que se prescinde de um conjunto de estruturas que parecem já não estar adequadas ás exigências, mas que da mesma forma parecem não surgir alternativas a serem formadas. No momento em que tinha tudo para entrar em medo e dor, mas que aceito o momento tal como ele é, sou assolada desta grandeza de amor, que faz o meu peito ficar de um tamanho e com um sentir difícil de descrever. E independentemente de não saber o que significa, adoro senti-lo, e só o que tenho para dizer é, obrigado por estares de volta.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Confia...

Tudo o que eu te pedia hoje era um bocadinho de tranquilidade. Mas olho para trás e vejo como toda esta instabilidade me tem feito crescer, mas estou cansada sabes?! Eu sei que me disseste, que só falta este bocadinho...que é o mais difícil, como quando um atleta faz o último trecho de percurso até à meta, depois da longa corrida, que aqueles últimos metros são os mais difíceis, ver a meta mas sentir o cansaço.
Sei que me tens dito, e feito sentir, o que isto tudo significa, a importância de passar por estas etapas, o crescimento que elas trazem, e o que no fim irá resultar. Sei como me tens dito, que depois de estar a viver todo este nível de restrição, de o ter aceite vivenciar, não me devo esquecer, que tudo é dual, e que a seguir só pode vir a abundância.

Disseste-me aquilo que mais difícil é para mim de lidar, porque nunca achei conseguir fazê-lo, que exactamente por todo este percurso, pela diferença, pela crença, pelas minhas escolhas que a determinada altura parecem incompreensíveis, até para mim, que é aí que está a minha energia de indigo, que foi por isso que vim assim. E isso fez-me sentir a energia de ser diferente, de ter que abrir o caminho, mesmo que seja apenas o meu, tendo de enfrentar tantos desafios, e de sentir esta energia de estar sozinha, a energia de que é o meu caminho, só meu.

Na medida que me envias todos estes desafios, que tens enviado ultimamente...e são mesmo muitos, de várias áreas, existem momentos de muita dor, mas existem momentos de força, de certeza e de uma confiança incompreensível, pelo menos para mim, confiança esta que só pode vir por me sentir tão ligada a ti.
Estas ondas de emoções que passam por mim, este saber não sei vindo de onde, esta coisa de sentir mais do que alguma vez senti, como se fosse a coisa mais normal do mundo, ainda é difícil, de observar e principalmente de acreditar. Mas na medida em que se comprova a verdade de algumas delas, vêm uma confiança, e uma atitude mais crente relativamente a elas, e com isso assumi-las.

Hoje pensava, o que queres tu de mim? Mas já nem esta energia de questionar, revoltar, faz sentido, porque vêm uma sensação de benção altamente estranha, como se eu soubesse o quanto tudo isto vai ser bom para mim. E pergunto, como é possível? Quando no meio de todo este caos nada parece assentar, dar trégua? Quando olho e vejo tudo exactamente como estava? Quando ultimamente vivo os desafios mais difíceis que alguma vez vivi, não os de maior sofrimento, mas o que implicam mais de mim, mais da minha escolha? Quando não sei se, a cada um que vêm, vou ser capaz de superar mais este, e ainda mais díficil de ser superado, principalmente quando se perdeu, todas as regras, todas as referências, e só o que sobrou fui eu mesma, ainda sem saber o que sou realmente.

E depois de tudo, olho para o peito e continua lá amor...amor pelo meu caminho, pelas minhas escolhas, pelo meu crescimento, por tudo o que me tens trazido de bom e de desafio. Mas a cada novo desafio vem um medo de não saber o que fazer com ele.
Não sei, sei que me mostras respostas, e é como se tivesses só a pedir... CONFIA.
E tenho confiado tanto, ou pelo menos acho que sim...e dizes que sim. Mas é ainda mais dificil quando elevas o desafio, tirar tudo, e mesmo assim continuar a confiar.
E hoje quando senti desapegar de tudo, prescindir de tudo...e ficar só tu e eu, sinto que estou mais preparada para a nova fase que dizes que tenho de viver, porque tenho de vivenciar tudo. E dizes que depois de vivenciar a dor, e fazer essa aprendizagem, está a chegar a hora de aprender, a leveza, a alegria, a felicidade...sabendo, que sempre tudo terá o seu dual.
E no momento em que isto me faz um enorme sentido, também vêm um será?! Mas confio que sim, porque me sinto mais merecedora, porque me amo mais, porque tudo o que tenho feito é me escolhido a mim, e tenho conseguido nos desafios, escolher o valor mais alto, o amor. Mas depois vens com um desafio ainda maior, e o polo oposto, o que sinto que será o resultado de tudo isto, parece nunca chegar.
E é aí que voltamos ao antes da meta, os minutos intermináveis entre o sitio onde estamos, e o chegar ao fim, não do caminho, mas deste patamar, para iniciar uma nova subida!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Eu e os medos!!!

Ás vezes fica difícil entender o monte de coisas, que aos turbilhões chega ao peito, sem aviso, sem nada que antecipasse a sua chegada. Mesmo quando entendemos que essas emoções se associam a acontecimentos específicos, fica difícil, olhar e ver o porquê da sua chegada, as razões que estão por detrás dela, mas sobretudo o que significam. Muitas perguntas, que só têm resposta, eventualmente, depois da permissão de sentir todas essas emoções.

E depois disso, quando se percebe a intensidade com que se deixam sentir, a força com que se impõem, como se de base tivessem uma base real, concreta...como se a sensação que provocam, tivesse acontecido na realidade ou estivesse na eminência de acontecer, fica difícil não procurar perceber. E a escrita, ou falar sobre isso, tem normalmente esse efeito, de mostrar o que andava já à tempo à procura, como se a única coisa que faltasse fosse a  conversa comigo mesma, para assumir a verdade dessas emoções, aceitá-las porque depois de verbalizadas tornam-se reais, concretas.
E exactamente por isso, este post surge como uma necessidade, que aparece bastante tempo depois do último,  depois também de muitos altos, e profundos baixos, neste tempo passado. 



Hoje, esta sensação de mudança, como se algo inevitável, eminente, que vem desestruturar mais uma vez o meu mundo, se tratasse. Como se estivesse mais uma vez perante um risco que tem de ser assumido, um medo que tem de ser lidado, um desconhecido que tem de ser escolhido, em prol deste caminhar evolutivo. 
Mas ao mesmo tempo, ao sentir tudo isto, crescesse uma vontade de fugir, de gritar, espernear, arrancar isto do peito, e desistir de tudo o que de bom, também causa esta ambiguidade de sentimento.
Dói demais, é o que vem de novo, mesmo quando não percebo o porquê, dói tanto que se manifesta fisicamente no peito, como se activasse um buraco grande, escuro, profundo, que mora aqui...mesmo quando eu acho que consegui diminui-lo, ele ciclicamente volta, para me por consciente do seu tamanho ainda, que apesar do caminho até aqui ser magnifico, transformador, e ter trazido muitas coisas boas, é como se esse caminho estivesse sempre a recomeçar, com grandes estradas para percorrer, e sempre, sempre, com grandes mudanças para fazer.

Agora fica a dúvida qual o medo, que me faz sentir esta dor, esta insegurança...se o de mudar, se a pura impotência que veio, se o de perder, ou se como diz a minha terapeuta, isto é só entretém....há algo mais fundo que isto...e aí arrisco o medo da entrega, de perder esta resistência que protege, o medo de amar porque nos torna vulneráveis....o medo de sentir a magnitude, a abundância, que ao mesmo tempo isso pode significar.
No final de tudo isto, uma coisa é certa...é um medo gigante, que me faz por tudo em causa, só e simplesmente por não querer sentir a dor que ele causa...e se a conclusão é esta, a resposta é simples, o caminho continua a ser enfrentar e seguir em frente.

segunda-feira, 19 de março de 2012

SENTIR...SENTIR e mais SENTIR!




Este texto vai servir de memória, para sempre que precisar de me lembrar, do que ouvi, senti, e compreendi este fim de semana.
Coisas, como a frontalidade nos pode ajudar a nós e aos outros, como ao evitar os conflitos, fugimos dos outros, e de nós mesmos... como é tão difícil nos expormos aos outros sentindo apenas o que o coração nos pede, orientar a nossa vida no sentido de nos sentirmos mais inteiros, em quanto um, mas apoiados por um grupo de pessoas fantásticas com a mesma forma de ver a vida, a mesma necessidade de sentir as coisas e a vida na sua profundidade.

E que a vida pode ser apenas um conjunto de momentos, mas que devemos estar neles inteiros, para sentir tudo, mesmo que sejam apenas momentos, mesmo que não consigamos de forma imediata aplicá-los a todas as situações, sem medo, com a coragem de quem só quer estar e sentir. 
O querer conquistar o mundo, sendo que esse mundo é apenas a nossa própria vida, e  a vida de quem conseguimos tocar.


A minha vida, desde que iniciei este caminho tomou um sentido que já pensava não existir,  um caminho bonito, de maior proximidade, partilha, sentir...e ao mesmo tempo de exposição, dor, dúvidas, medos, que me faz ficar mais próxima das pessoas, quando consigo gerir todas estas coisas. É lindo, e faz com que tudo valha a pena, faz com que a vida valha a pena.
A partir de hoje, eu quero manter esta energia, e conseguir, ir ao conflito quando ele é preciso, dizer a verdade que pula no coração pronta para ser revelada, e assumir o risco de ser, dizer, fazer...com a certeza que no fim fica quem está na nossa vida de verdade, fica quem tem de estar, e tudo está certo, exactamente no sitio e no tempo devido. A nós cabe-nos apenas chegar mais perto de quem realmente somos, e esperar a vida revelar-se, aceitá-la quando nos traz acontecimentos que nunca tínhamos pensado sobre, e ela irá surpreendermo-nos com o melhor que tem para oferecer.

Obrigada Vida, obrigada a todos os que partilharam comigo, este lindo Sentir!

sexta-feira, 16 de março de 2012

Mais Caminho...

Não sei se isto é já influencia do desafio que se avizinha, como que uma preparação para o SENTIR, mas a verdade, é que hoje ao pensar em duas pessoas distintas, pessoas que gosto muito, e cujo o relacionamento tem mudado muito, e ao perceber a dor que essa mudança me provoca, seja ela fruto de impotência, apego, exigência, culpa...o que for... é essa mesma dor que me faz desacreditar, que me faz insistir nestas defesas, que não me permitem SENTIR verdadeiramente, como um destes dias percebi. 

Quando alguém nos diz, o que acha de nós, o melhor que há dentro do coração daquela pessoa por ti, e tu vês a verdade daquelas palavras nos olhos, e até ficas mentalmente contente por ouvir aquilo, mas reparas que não consegue chegar ao coração, algo está muito errado. E foi o que naquele momento, eu tive mais noção do que nunca, porque também não foi novidade, mas assim, nu e cru, mexeu muito comigo.

Mas com isso veio a vontade de libertar a dor, para voltar a sentir, mas veio também a noção de que ficou cada vez mais difícil fazer face á dor, porque ela é tão grande, maior que eu, é a sensação que tenho, que em alguns momentos fica difícil o ego não vencer, e voltar ás defesas.
A dor, que senti hoje, faz-me perceber como coisas, que parecem não ter significado, são as que coloco para debaixo do tapete, porque são uma porta directa para essa dor.


Mas agora, com tudo isto, sinto-me mais preparada, e disposta a ir lá, onde tenho mesmo de ir. Por detrás desta ida à dor, vejo lá no fundo, após passar pelos desafios, uma felicidade...uma sensação, também maior que eu, inexplicável...que eu quero muito viver, por maior que seja o risco, por maior que seja a dor antes e/ou após....
Quero ir tentar, porque pelo menos sei, que é por aí que é o caminho!!

E peço-te a ti, a coragem para me deixar ir viver a dor, e poder curá-la, e a coragem, para  me permitir sentir esse sentimento tão grandioso que parece que o coração vai explodir de tão cheio.... CORAGEM, para ambos porque no fundo tenho um medo terrível das duas!

E que venha a fase da aventura, da conquista, da perda do medo...e de SENTIR, mais, mais e mais...tudo!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Caminhos...


Não queria deixar passar em branco este momento. Hoje foi um dia especial, em que mais ferramentas para percorrer o caminho foram dadas. E como caminho foi a palavra de ordem, aqui está.

Aquele que se agarra à visão mundana
Não pode entrar no caminho [chin. Tao].

Àquele que não entende realmente, mas diz que entende,
Você não pode falar sobre o caminho.

Aquele que vive no conforto ocioso e que é preguiçoso
Não pode aprender o caminho.

Aquele que acredita em mentes individuais e separadas
Não pode falar sobre o caminho.

Aquele que abandona o movimento e procura a calma
Não pode cultivar o caminho.

Aquele que abandona o ensinamento para investigar a meditação [chin. Ch'an]
Não pode atingir o caminho.

Aquele que depende de palavras e conceitos para explicar o significado profundo do Dharma
Não pode entender o caminho.

Aquele que deseja ser apressado e procura por algo fácil
Não pode ser iluminado pelo caminho.

Aquele que separa o pequeno do grande
Não pode ser iluminado pelo caminho.

Aquele que se agarra ao impuro chamando-o de puro
Não pode conhecer o caminho.

Aquele que não gosta das coisas comuns e simples e,
Ao invés disso, tem uma afeição por coisas novas e especiais,
Não pode tender ao caminho.

Aquele que gosta apenas do simples e superficial
Mas não gosta do detalhado e profundo
Não pode entender o caminho.

Aquele que conduz uma tarefa de maneira superficial e que não gosta de esforço,
O que é contra a disciplina,
Não pode praticar o caminho.

Aquele que atinge um pouco mas acha que é suficiente
Não pode praticar o caminho.

Aquele que tem pouco entendimento mas acha que é suficiente
Não pode atingir o caminho.

Para atingir o caminho,
Apenas transcenda as preocupações, visões e tentações mundanas.

Para atingir o caminho,
Apenas permaneça modestamente e com mente aberta.

Para atingir o caminho,
Apenas trabalhe assiduamente.

Para atingir o caminho,
Apenas aprenda, com professores bons e próximos,
Como compreender o Dharma intuitivamente e, em todos os lugares,
Use o ensinamento experientemente para selar a mente.

(Ou-i, 1595-1653. Adaptado de An Exhortation to be alert to the Dharma. Traduzido por Lok To, editado
por Frank G. French. Bronx: Sutra Translation Committee of the United States and Canada, 1987. Pág. 2-3

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Erros!!

Hoje descobri mais uma coisa. É assim que o caminho se faz, não é? Descobrindo, o que somos, o que não somos, o que fazemos por medo, por defesa, para então ganhar consciência e ter na mão a escolha de mudar as coisas.
Descobri no que se tornou a minha exigência, a minha intolerância ao meu próprio erro. Deixou de ser apenas o medo de errar, para passar a ser uma incapacidade emocional de aceitar e reconhecer o erro. Passou a ser uma outra defesa, do tamanho do desconforto que sempre senti quando alguém me chamava a atenção.
E como a dor disso era difícil de sentir, passei a querer não errar, e o meu ego desenvolveu a capacidade de me fazer achar, que quando esse chamar a atenção acontecia, havia desculpa, havia um foco fora, em que era sempre o "outro", não que o culpasse, mas pior desculpava-o.... as artimanhas que ele desenvolve para defender, e como torna tudo tão parvo, só agora conseguir perceber.
O que me leva a ter mais consciência, do sem número de artimanhas, que continuo a acreditar e que ainda não tenho mínima, consciência, ou como dizia alguém, pior que isso porque nem desconfio.

Apesar de tudo, vou fazendo o meu melhor, e a cada descoberta, é uma sensação de conquista, mesmo que cada descoberta faça com que me sinta ainda mais perdida, pois tenho cada vez mais a sensação que o caminho é aprender tudo de novo.
E fico assim, a sentir-me uma criança, sem saber o que pensar, fazer, sem saber, principalmente viver esta nova vida.
E depois de escrever esta ultima frase, parece-me que isso é bom...porque não saber, leva-me mais perto do sentir, mas fazer essa caminho dói muito!!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Cada vez mais profundo...

Á uns dias atrás, que sentia vontade de escrever, mas mais uma vez precisei de tempo para sentir, antes de vir aqui, tornar a escrita num escape.
A vida tem falado comigo, e apesar de perceber isso, um conjunto de coisas que foram acontecendo levaram a que só hoje percebe-se como isso estava a mexer comigo, a perceber a mensagem mais concretamente.
Em simultâneo nasceu em mim uma sensação, como em muitas outras vezes, nasce sem eu perceber bem o que quer dizer, desta vez, é uma sensação de zero, de que a mudança vem aí de novo, e vou mais uma vez ficar a zero.

Os sonhos, em que sinto uma angústia, fruto da impotência, e os acontecimentos recentes, mesmo sendo coisas pequenas, levaram-me lá atrás a uma coisa que não sabia que ainda sentia, e ao mesmo tempo esta sensação de mudança, fez-me ter muito medo, fez-me sentir uma tamanha impotência, e relembrar-me dos tempos em que me sentia, como que presa, e o presa significava esta impotência, o não poder fazer nada e sentir esta tamanha dor.

E aqui está ela de novo...
E quanto mesmo faço este caminho, parece que fica ainda mais difícil sentir esta dor...e ao ser difícil, vem um batalhão de defesas que me quer afastar desse caminho...
E a escolha é cada vez mais difícil... tanto que nunca senti tanto como agora que o medo, é um adversário á altura, e que está cada vez mais do mesmo tamanho do compromisso, o que faz com que na hora de escolher, ele vença mais do que eu gostava!
Mas vou continuar, assim a tentar...ir mais nesta coisa, de ir dentro de mim, mais profundamente que conseguir, com as tentativas que forem necessárias!

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Criança...

Que sufoco são aquelas memórias, de quando me sentia impotente sem poder fazer nada, e me sentia acorrentada a um tempo, a um espaço, a uma vida que não podia controlar, impotência em larga escala, e que muitas, muitas vezes não queria.
Hoje atendi, pela primeira vez uma criança, e como a vida é assim, logo tratou de me enviar um caso índigo.
Sinto-me tão sem controle, porque um adulto, nós conduzimos a conversa, as perguntas, as respostas. Com as crianças temos de saber levar a brincar, com nenhum método especifico que nos dê a segurança dos resultados. O que planta em mim uma imensidão de dúvidas, de será que posso ajudar.

Já aqui falei da possibilidade de eu ser também, indigo...e como tal o reconhecimento, a identificação, olhar para aquela criança e pensar nas dificuldades de perceber as coisas á volta, os medos, a raiva contida.....
Que memórias, nada agradáveis, mas que percebo que tenho de voltar lá a sentir...cada vez sei isso melhor!!
E estou pronta, de que forma for, por identificação, terapia ou vivência idêntica... o resgate tem de ser feito, e não há coisa que queira mais do que ir lá, sentir...para ganhar maior capacidade de receber, dar...para que tudo aquilo que me separa de mim, seja eliminado, ou pelo menos atenuado...porque não imagino já a minha vida de outra maneira, porque viver se tornou para mim, esta descoberta e a conquista do SENTIR, dando-me cada vez mais liberdade.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Tristeza

Não dá, nem para descrever o tamanho. Faz parte do processo, não fugir...ir lá confrontar não é?! Então depois de recuperar alguma coisa, depois de sentir, e ultrapassar a incapacidade de ir lá cutucar a dor, acabei por ir, como aliás vou a maioria das vezes.
Ontem perguntava de onde vem esta tristeza tão profunda, tão grande que parece tomar conta de tudo? Eu sei qual a situação, só não sei qual a emoção, a memória. 
Sempre achei que ela vinha sobretudo do medo da rejeição, nunca me identifiquei com a outra semelhante, o abandono. Mas agora, vejo que, pelo menos neste tipo de casos, é isso mesmo. Abandono.
É esta emoção que justifica sentir esta tristeza que sinto...que me deixa a olhar para os acontecimentos, com uma sensação de impotência, e ao mesmo tempo sem vontade de fazer alguma coisa, como se o resultado não dependesse de todo da minha acção.
Outra perda. Uma perda, que talvez só aconteça dentro de mim, mas é uma perda.
Começo a perceber, que as estratégias que o meu ego, se fartou de recorrer e que de vez em quando ainda quer recorrer, agora quando são as estratégias dos outros, eu reconheço-as e causa em mim um estrago...magoa muito...tanto ou mais, do que me magoava quando eu as usava, mesmo que fossem usadas em prol da defesa, pura ilusão. É uma dor, uma tristeza, que nem consigo descrever, não tanto pela intensidade, mas pela profundidade.
E o que mais dói é a reposta, à pergunta...o que fazer? Nada...é a reposta, não posso fazer nada, apenas sentir, porque posso mudar quando sou eu a utilizar, quando são os outros, fico sem hipótese, apenas posso perceber o que fazer com este sentir que essas situações me provocam...só!! E também chorar, pelo tanto que utilizei isto, pelos momentos em que fazia isto a mim própria, e pelos momentos em que provavelmente ainda não o consigo evitar.
Mas parece tão pouco!

Triste é ainda sentir, que qualquer coisa acaba, e qualquer coisa morre dentro de mim...detesto perder, mas não controlo...nem dentro, nem fora...não controlo... E sei que isto me muda, que mata alguma coisa dentro, que tenho de trabalhar muito, para que não aconteça. Talvez sejam as memórias, de traição...que dizem que trago, que é por isso que não confio...talvez seja, mas saber isto, sentir isto...é profundamente triste!!

E assim mais um trabalho, mais uma conversa, comigo, com ELE, e muitas vezes contigo, para que na medida da minha capacidade te ajude a perceber, que esse não é o caminho.
Prometo apenas que vou tentar, mas sei que também para mim é difícil...Mas como ELE diz, ama apenas, ama!!!
E se é disso que precisas, que género de evolução tenho eu feito, que não consigo largar ou medo, e escolher o amor!!!
E como diz a Lúcia, é só uma tentativa...vou tentar!!!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Sentir!

Nesta fase tudo parece simples, mas tudo fica emocionalmente mais intenso. Tantas vezes me pergunto o que realmente significa, isso de sentir com intensidade, visto ser uma característica minha. Pergunto para perceber se isto que sinto agora é a resposta.
Mas descubro que este sentir com intensidade se mistura com a sensibilidade, que nunca quis assumir, e que ainda agora tenho dificuldade. E percebo tão bem os porquês. 
Porque tudo passa a parecer grande, e nós pequenos. Porque cada gesto, cada ausência sente-se com todos os sentidos, mais atentos do que nunca. E porque existem tantas pessoas que deixaram de saber o que isto é, que ajudam a que achemos que "sentir" seja coisa, vinda de pessoas ingénuas, de pessoas que vivem na ilusão que tudo o que vemos ao nosso redor pode ser diferente, que sentir as coisas deste modo é algo que não vale a pena, pois a tristeza que advém é muita.

Digo-vos, é verdade...é muita. Hoje é um dia assim. Em que a tristeza mudou-se para o peito, não o sofrimento, mas uma tristeza profunda, de quem sente o outro tanto, de quem  sente o outro como algo cá dentro, e não apenas fora. De quem sente uma impotência enorme, porque os que nos rodeiam têm o seu próprio tempo, o tempo de fazerem melhores escolhas, o tempo de a vida os levar a aprender as lições que precisam, tal qual nós temos o nosso.



Ainda no outro dia conversava com uma amiga, e dizia-lhe que nesta nova fase sinto uma coisa diferente, estranha, a de que só faz sentido conhecer o outro na sua máxima profundidade, ao ponto de o sentir tanto, que fará indiscutivelmente parte de nós para sempre, aliás acho que sempre senti isto, iludi-me que não foi durante um bom tempo.
E escrevo estas palavras e parecem-me um absurdo, e não sei, se não será. 

Mas sei, que a ânsia de trazer estes bocadinhos de SER para dentro de mim é muita, sei que não há nada melhor do que a capacidade de "sentir", sentir mesmo quem temos á nossa frente, no momento em que ambos decidiram partilhar a energia, a fragilidade, um com o outro...E quem sente isto mesmo que por uns segundos, descobre um mundo novo, um mundo em que os outros não são os maus, que nos querem mal e que são exteriores a nós, é um mundo em que queremos  todos mais perto do coração, mais no nosso interior do que nunca.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

I love people!!

Cada vez parece mais difícil escrever, porque o tamanho das emoções, e a sua complexidade, ou será a sua simplicidade?! Começo a ter sérias dúvidas sobre isso... seja como for, elas tornam difícil falar sobre elas, de modo a que se percebam... (e acho que aqui vêm outra questão, não se percebem...só quem vive vai perceber, não há outro modo, eu terei sempre incapacidade de despertar estes sentimentos).


Confesso que hoje acho que estou cansada, não o "emocionalmente cansada", mas o mentalmente cansada. Eu tenho sentido um aumento de consciência grande, num tópico, simultaneamente especifico e abrangente, as pessoas! 
Acho que já escrevi aqui uma vez, que a primeira vez que "ouvi" alguém dizer que gostava de pessoas fui Eu. E isso trouxe-me uma diferença, que não percebia bem, mas ao mesmo tempo também não me preocupava, era assim e pronto, e eu adorava que assim fosse.
Mas essa característica foi perdendo a magia, na medida em que me faziam sentir que era um idealismo, que era um desfasamento da realidade, a minha forma, de amar, e sentir as pessoas. Não que me tivesse feito mudar totalmente, mas isso somado aos acontecimentos menos felizes que todos temos, acabou por me fazer achar que se calhar ou outros tinham alguma razão.
E tudo isto manteve-se durante uns anos, até agora. Agora, em que com o trabalho pessoal /espiritual que tenho vindo a realizar, parece que se torna obrigatório, ir lá sentir tudo outra vez, como se se fizesse agora o caminho de volta, até lá resgatar o que é realmente nosso, para depois seguir em frente, ou será para iniciar a subida?!

Só que desta vez, com a consciência ganha tudo se torna maior, o sentimento, a veracidade desse sentir, ao ponto de perceber hoje, aquilo que provavelmente não percebia na altura, a abrangência desse gostar, mas torna-se igualmente diferente e até estranho....como se determinada etapa de aprendizagem agora visse o seu processo terminar, quando é entendida pelo sentir...Tudo, mas literalmente tudo, faz agora um claro sentido. No entanto a sensação é estranha, é estranho esta coisa de querer que o mundo caiba dentro de nós, que vale a pena cada pessoa ser profundamente descoberta, e que isso faz com que se entre dentro dela, e que parte dela fique necessariamente dentro de nós. Mas com isso o conceito de que somos todos um, passou a fazer super sentido...mas hão-de concordar, é estranho! Estranho, mas absolutamente delicioso!

Só que sentir as pessoas, implica sentir tudo, todas as vertentes, as que se gosta, e as que nem tanto. Implica vivenciar experiências com pessoas tão diferentes, em momentos tão diferentes, e muitas vezes tão opostos, mas que espelham a multiplicidade do que temos dentro. 
Eu sinto muita gratidão, mesmo muita, por me ser permitido cada vez mais ter a consciência para perceber as diferenças, as nuances, e conseguir sair cada vez mais do julgamento, e entender o que estou a espelhar, e assim aceitar-me melhor, e conseguir amar mais aquela pessoa como igual, e isso deixa-me super orgulhosa no caminho que tenho vindo a percorrer, aliás, até agora acho que é o meu primeiro e maior orgulho, até porque sentir isso, olhar para essa forma de sentir, é uma coisa magnifica, gigante, absolutamente viciante e imponente, resumindo é uma sensação maravilhosa!

Mas muitas dessas experiências são cansativas, porque há uma tamanha tendência em olharmos para o que de mau têm os outros, uma tamanha tendência para que quando deixamos entrar os outros na nossa área de conforto, eles facilmente sejam algo a vigiar, e muitas vezes passem rapidamente a inimigos, única e simplesmente porque fizeram o seu papel, tocaram na nossa ferida.
Temos também as pessoas que á conta das suas escolhas, têm na vida circunstâncias difíceis, em que nos custa a situação de mero observador, principalmente quando elas, ou não querem ou não conseguem ver, as escolhas que as trouxeram ali... e nós não podemos escolher ou mudar por elas. Muita Impotência.
Por outro lado vêm as pessoas, em que tudo parece fluido, em que tudo parece apenas simples, com as crianças então, viver o momento, brincar e ter ausência de ego e responsabilidade...
Que realidades, e o que nos ensinam, tanto, tanto...todas..há uma necessidade de as VIVER a todas, bem, sentindo tudo o que houver a sentir, e libertando as emoções, na medida da nossa capacidade, sabendo que este caminho é assim, um compromisso, não muito fácil, mas que além de necessário, se torna uma viagem absolutamente fantástica.

Partilho com vocês um dos muitos videos que encontrei, e olhem para ele...assim...
Pessoas...Iguais a nós...
Caminhos...Dificeis...
Vida com significado, o derradeiro objectivo!
Tudo muda, quando escolhemos diferente, e muitas vezes temos de ir ao cenário mais escuro, para reconhecer a luzinha que por ali andava!!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Mapa Natal...

Uma amiga disse-me uma coisa que ficou ás voltas na minha cabeça, que as posições que tenho no meu mapa natal, me deviam dar uma atitude mais apaixonada...
Isto quando conversávamos sobre esta minha tendência ao controle, à demarcação de território, ao desconforto quando fico fora dele...
Tenho uma outra amiga, astróloga que conhece o meu mapa melhor que ninguém, e varias vezes me diz, tu vives tudo tanto, as tuas emoções são tão intensas, que tens medo de as expressar, tens medo de quando elas venham para o exterior, como vão ser recebidas, tamanho é o viver intensamente, e tão profundo.

A verdade é que esta confrontação com o não ser apaixonada, me marcou. Principalmente porque realmente é o oposto de tudo o que sou. É impressionante como tanta coisa do que fazemos na vida, todas as máscaras e defesas que ganhamos, nos colocam a anos luz, daquilo que realmente somos.
A verdade, é que sempre fui, e continuo a ser apaixonada, mas precisei de me defender, assim achei. Precisei de ficar segura, não demonstrando nem o que sentia de bom, nem o tamanho do que sentia de mau, exactamente porque é tudo tanto, é tudo tão intenso, que para além do consumo de energia que me leva, fazia com que fosse alvo ou de criticas, ou de um refrear de entusiasmo.
E assim foi acabando, ou melhor, sendo calcado o nível de entusiasmo, e passei a um estado mais anestesiado.

Agora, que tudo tem tendência a ser recuperado, que o caminho vai em direcção do resgate da essência, esta verdade doeu...mas dói também a cada vez que quero deixar esse "estado apaixonado" sair, e sinto um medo enorme... de Eu ser DEMAIS...e não consigo perder o controle, e continuo a limitar tudo, para que falsamente seja algo moderado.
Principalmente porque o deixar que flua presume a partilha com alguém, porque o fluxo é tanto que transborda...e quando digo isto, refiro-me tanto ao amor, como á dor.

No primeiro tenho medo do exagero, tenho medo de só dar, e alimentar o meu padrão de dificuldade em receber, sendo que o outro lado se acomoda a tanto dar.
No segundo, é como se tivesse a obrigação de o fechar, mesmo não conseguindo esconder de ninguém, mas evito ainda o assunto, porque é tanto, que aos olhos dos outros poderá parecer exagero, e como tal um peso difícil de aturar.
E são todos estes medos que continuam a fazer com que fuja das emoções, com que fuja do que sou, e principalmente de o demonstrar.
Com que tenha medo do que os outros tão a sentir por mim, principalmente as pessoas que gosto mais.

E tudo isto só confirma o que eu já tenho consciência à algum tempo, a mesma característica é ao mesmo tempo, algo que as pessoas mais gostam em nós, e ao mesmo tempo, o que menos gostam, a mesma característica é o que mais evitamos e ao mesmo tempo, o que não conseguimos viver sem, porque essa característica faz simplesmente parte da nossa essência.

E por causa disso, de um momento para o outro um peito cheio de amor, pode se encher do maior medo, e vice-versa, porque um não vive sem o outro, mas os dois não vivem ao mesmo tempo.
E símbolo do Yin e Yang, exemplifica isto tão bem. E é por isso, que eu digo...TUDO COMEÇA AQUI.

domingo, 1 de janeiro de 2012

A chegada de 2012...

São poucas as palavras que parecem querer sair, mas muitas as emoções que pedem maior relevo.
Este momento de passagem de ano, mais uma vez não foi nada o que idealizei á um ano atrás, queria que a entrada de 2012, ano tão importante fosse diferente, melhor.
Á medida que o fim de 2011 se aproximava, outra opção foi colocada em consideração, para passar longe daqui...não aconteceu!
Depois disto não haviam muitas alternativas, as que haviam não eram assim tão apelativas, e decidi passar na minha zona de segurança... o que aconteceu?! Mudança de planos...
Depois disto ainda, adaptei ás circunstâncias, e combinei outras coisas.... e depois?! mais imprevistos...
Á medida que foi acontecendo, eu percebia que pelo menos ia ter a lição...do não controle...então decidi fluir, encontrei-me com amigas, e falamos ver-nos então na passagem... 2 pessoas... o que aconteceu, desistiram à ultima da hora... Só para rir, universo tramado este!!

Mas pronto lá fui eu, com a minha irmã e o namorado, para a rua, para a virada do ano, coisa que até aqui nunca tinha feito... e o sitio, aconteceu contra tudo o que tentei planear!
À medida que chegávamos de carro e se aproximava a hora, senti uma gratidão enorme invadir-me o peito, uma gratidão por tanta coisa boa, e tanta coisa difícil que me fez crescer em 2011....
Curioso na ultima semana, acordei todos os dias como uma sensação de amor, acordo e penso/sinto AMO, nem sei o quê especificamente...mas é o que sinto, mesmo nos dois dias que foram muito difíceis, em que uma dor e uma tristeza se instalaram, mesmo aí havia esse amor.
Quando começaram os fogos, e começou a tocar esta música senti uma emoção enorme...
Pensei em como não era nada do que eu queria, mas contrariamente ao que eu espera, sentia-me lindamente ali... contrariamente ao que costuma acontecer, senti que sou tão feliz, porque são muitos os dias, em que tenho agora, o que sempre quis na passagem de ano...alegria, partilha, amor, entrega, relações verdadeiras e próximas entre amigos.... e vi que já não preciso de dias como este, para depositar todas as expectativas, e como não corre como quero ficar desiludida. Não.
Senti de novo uma gratidão enorme, por tudo, e pensei por um minuto nas pessoas que amo, em como ELE me acompanha em tudo, e pedi para que fizesse chegar um bocadinho deste amor enorme que sinto, a cada uma delas.
Senti uma tranquilidade incrível, uma sensação de momento presente, certo...e uma capacidade de amar o que tenho agora, e não ficar triste pelo que me falta.

A música, coisa que adoro, encheu-me a alma...alimentou a minha essência, aumentando a minha energia, e tornando impossível manter o corpo parado, tudo vibrava ao som de cada música que surgia...e isso demonstra em como já não sou o que era, fez-me dar atenção ao Ser novo que sou, com maior liberdade, maior amor. O espectáculo ajudou, pois aquela luz, cor, naquele céu escuro, é uma metáfora perfeita para como devemos pintar a nossa vida!
E agora 2012, ano especial, que espero, venha enfatizar todas as transformações...que essa energia venha ajudar a libertar cada vez mais medo, densidade...tudo o que nos impede de chegar mais próximo da liberdade, da nossa essência e do AMOR.

Os meus votos para todos são viver mais a vida, e conquistar cada vez mais o sentir e emanar AMOR!!