Em conversa com uma amiga fui relembrando uma dor antiga...a dela, que me contava...e a minha enquanto conversava.
Nós chegamos a esta vida com todas as dores, com aquelas que escolhemos trabalhar...elas vêm connosco...mas não trazemos a minima ideia de como o fazer. São nos colocados desafios na vida que fazem saltar essas dores lá do fundo, essas dores tão intensas que nos fazem sentir o verdadeiro buraco que temos no peito.
Muitos de nós tentam resistir, colocam mascaras e mais máscaras, perdem a alegria, a autencidade, criam barreiras super resistentes, que nada nem ninguem consegues derrubar...passam a demonstrar algo que não são, não conseguem ficar sensiveis perante os outros e deixam de demonstrar os sentimentos, não choram, mtas vezes não riem, fogem do sentem. Foi o meu caso.
Mas essas barreiras só nos protejem do exterior, porque a verdadeira fonte de desconforto continua lá...a nossa propria dor...por mais que tentemos fugir ela pressegue-nos...pelo menos até ao dia em que é trabalhada...até ao dia em que tomamos consciência que é a nossa dor...e não a dor que nos provocam...
Hoje ao recordar os piores momentos, em que via o grande buraco negro no meu peito...a dor voltou...senti tal e qual como a senti outrora...o engraçado é que nem me lembrava mais dela...Mas está cá...e só curando o passado, podemos contruir o futuro, e por certo foi por isso que ela voltou...para agora eu a ver com outra consciência!
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Hoje este post é dedicado à minha amiga, que sei estar a dar os primeiros passos, confio que ela vai perceber o seu verdadeiro caminho...Ela vai conseguir ver o que é preciso, e percorrer o caminho necessário. E aprender, ganhar consciência!
E eu posso dizer, que já senti isso e que a verdade é que tudo muda...e que é a constante mudança que caracteriza a vida!
Beijinhos girl...
"Não use máscaras; de outro modo criará disfunções e bloqueios no seu organismo.
Uma pessoa que tenha andado a reprimir a ira fica com o maxilar bloqueado. Toda a ira sobe-lhe ao maxilar e depois fica aí bloqueada. As suas mãos tornam-se feias; não possuem o gracioso movimento das de um dançarino, não, porque a ira chega-lhe aos dedos e fica bloqueada.
Lembre-se: a ira tem dois tubos de escape
- um deles são os dentes, o outro são os dedos. Todos os animais, quando estão furiosos, mordem ou usam as patas. Portanto, as unhas e os dentes são os dois pontos por onde a ira se liberta.
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Desconfio que, sempre que a ira é muito reprimida, as pessoas começam a sofrer dos dentes. Os seus dentes ficam em mau estado porque há neles energia a mais, que nunca é libertada. E alguém que reprima a ira comerá demasiado - as pessoas coléricas comerão sempre mais porque os dentes precisam fazer mais exercício. As pessoas coléricas fumarão demasiado.
As pessoas coléricas falarão mais - poderão mesmo tornar-se faladoras inveteradas, porque, de certo modo, o maxilar precisa de exercício para que a energia se liberte um bocadinho. E as mãos das pessoas coléricas tornar-se-ão nodosas, feias.
Se a energia se tivesse libertado, poderiam ter sido mãos muito bonitas.
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Quando se reprime alguma coisa, há, no corpo, uma parte correspondente à emoção. Se não quiser chorar, os seus olhos perderão o brilho... porque as lágrimas são necessárias; são um fenómeno muito vivo.
Quando de vez em quando chora e derrama lágrimas - fica realmente sentido e vive a emoção, e as lágrimas começam a correr dos seus olhos -, os seus olhos ficam limpos, os seus olhos ficam novamente puros, jovens e virgens.É por isso que as mulheres têm os olhos mais bonitos, porque elas ainda conseguem chorar. O homem perdeu a beleza dos olhos por causa daquela noção errada de que um homem nunca chora. Se alguém, um rapazito, chorar, até os pais e outros lhe dizem: "Que estás a fazer? Estás a ser um mariquinhas?" Que disparate!
Deus concedeu - ao homem e à mulher - as mesmas glândulas lacrimais. Se não fosse suposto chorar, não teria glândulas lacrimais, a matemática é simples. Os olhos precisam de chorar e derramar lágrimas, e é realmente bonito quando se pode derramar lágrimas e chorar a plenos pulmões.
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Lembre-se que se não conseguir gritar e chorar a plenos pulmões, também não conseguirá rir, porque rir é a outra polaridade. As pessoas que conseguem rir também conseguem chorar; as pessoas que não conseguem chorar; não conseguem rir."
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(in Intimidade, Confiar em si próprio e no outro por OSHO) - Retirado do blog Corpo meu templo