Pensamento do Dia...

"É legítimo querer que nos amem por quem somos … mas é nossa a responsabilidade de sermos quem somos…fielmente."

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Eu e os medos!!!

Ás vezes fica difícil entender o monte de coisas, que aos turbilhões chega ao peito, sem aviso, sem nada que antecipasse a sua chegada. Mesmo quando entendemos que essas emoções se associam a acontecimentos específicos, fica difícil, olhar e ver o porquê da sua chegada, as razões que estão por detrás dela, mas sobretudo o que significam. Muitas perguntas, que só têm resposta, eventualmente, depois da permissão de sentir todas essas emoções.

E depois disso, quando se percebe a intensidade com que se deixam sentir, a força com que se impõem, como se de base tivessem uma base real, concreta...como se a sensação que provocam, tivesse acontecido na realidade ou estivesse na eminência de acontecer, fica difícil não procurar perceber. E a escrita, ou falar sobre isso, tem normalmente esse efeito, de mostrar o que andava já à tempo à procura, como se a única coisa que faltasse fosse a  conversa comigo mesma, para assumir a verdade dessas emoções, aceitá-las porque depois de verbalizadas tornam-se reais, concretas.
E exactamente por isso, este post surge como uma necessidade, que aparece bastante tempo depois do último,  depois também de muitos altos, e profundos baixos, neste tempo passado. 



Hoje, esta sensação de mudança, como se algo inevitável, eminente, que vem desestruturar mais uma vez o meu mundo, se tratasse. Como se estivesse mais uma vez perante um risco que tem de ser assumido, um medo que tem de ser lidado, um desconhecido que tem de ser escolhido, em prol deste caminhar evolutivo. 
Mas ao mesmo tempo, ao sentir tudo isto, crescesse uma vontade de fugir, de gritar, espernear, arrancar isto do peito, e desistir de tudo o que de bom, também causa esta ambiguidade de sentimento.
Dói demais, é o que vem de novo, mesmo quando não percebo o porquê, dói tanto que se manifesta fisicamente no peito, como se activasse um buraco grande, escuro, profundo, que mora aqui...mesmo quando eu acho que consegui diminui-lo, ele ciclicamente volta, para me por consciente do seu tamanho ainda, que apesar do caminho até aqui ser magnifico, transformador, e ter trazido muitas coisas boas, é como se esse caminho estivesse sempre a recomeçar, com grandes estradas para percorrer, e sempre, sempre, com grandes mudanças para fazer.

Agora fica a dúvida qual o medo, que me faz sentir esta dor, esta insegurança...se o de mudar, se a pura impotência que veio, se o de perder, ou se como diz a minha terapeuta, isto é só entretém....há algo mais fundo que isto...e aí arrisco o medo da entrega, de perder esta resistência que protege, o medo de amar porque nos torna vulneráveis....o medo de sentir a magnitude, a abundância, que ao mesmo tempo isso pode significar.
No final de tudo isto, uma coisa é certa...é um medo gigante, que me faz por tudo em causa, só e simplesmente por não querer sentir a dor que ele causa...e se a conclusão é esta, a resposta é simples, o caminho continua a ser enfrentar e seguir em frente.